Em Crash Bandicoot 4: It’s About Time, o famoso marsupial e sua irmã Coco estão de volta para salvar o universo e o multi-verso dos malignos planos de dr. Neo Cortex e dr. N. Tropy. Com lançamento em 16 de setembro para PlayStation 4 (PS4) e Xbox One, o mais recente título da aclamada franquia ganha versões para Xbox Series X e Xbox Series S no futuro e está à venda pelo preço de R$ 249,90.

Com novas dinâmicas de jogabilidade em cenários fascinantes, o game tem tudo para agradar fãs antigos e angariar novos jogadores. Outros destaques são a dificuldade e complexidade altíssimas, além da variedade de ambientações. Veja, no review a seguir, a análise completa do TechTudo sobre Crash Bandicoot 4: It's About Time.

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O enredo do jogo é uma continuação dos três primeiros títulos da franquia, hoje compilados na N. Sane Trilogy (publicada pela Activision). No game, os vilões Neo Cortex e N. Tropy abrem um buraco no espaço-tempo universal após escaparem da prisão interdimensional em que estavam. Desenvolvido pela Toys for Bob, mesmo estúdio da coletânea Spyro Reignited, Crash Bandicoot 4: It's About Time é um jogo de plataforma complexo, que envolve viagens entre dimensões em cenários de tirar o fôlego.

Os modos de jogo

Logo no início, Crash Bandicoot 4: It's About Time oferece ao jogador duas possibilidades de gameplay: o modo moderno e o retrô. A diferença entre um e outro é que, no moderno, as vidas são ilimitadas, enquanto no retrô, não. Quem está acostumado com games de plataforma talvez prefira optar pelo modo retrô. No entanto, o recomendado pelo próprio jogo é o moderno.

Esse novo sistema de vidas tem duas razões: uma, a inegável dificuldade de Crash Bandicoot 4; outra, a modernização na jogabilidade de plataforma. Embora adicione uma camada de gameficação à gameplay, o modelo de vidas limitadas é pouco compatível com o nível de dificuldade oferecido pelo jogo, e pode afastar possíveis novos jogadores, hoje acostumados a modos de games mais simples.

Além disso, há também o modo Pass N Play, um delicioso jeito de matar saudade da época dos três primeiros games da série. A modalidade funciona como uma gameplay cooperativa: cada jogador fica com o controle até morrer. Quando morre, o comando passa para outro player, simulando o ritual de dividir controle (e o console) com os amigos.

As skins

Para modernizar ainda mais sua gameplay, Crash Bandicoot agora tem skins. Desbloqueáveis a partir de seis diamantes, inicialmente podem parecer impossíveis de coletar. No entanto, conforme o jogador descobre novos mundos e recursos, o processo se simplifica. Quando desbloqueado o modo N. Verted, que funciona basicamente como um espelhamento das fases normais, a quantidade de diamantes totais duplica, facilitando muito a captura das skins.

Fãs puristas talvez não gostem da novidade de Crash Bandicoot 4, mas, por aqui, ela é muito bem-vinda. Além de servir como estímulo para retornar às fases mais de uma vez, as skins mantêm o jogador interessado no game. Mais do que ser um sistema de recompensas, adicionam à gameplay uma personalização que agrada perfeitamente o usuário que é fã de jogabilidades modernas. De pirata a cyberpunk, há inúmeros jeitos de vestir Crash (ou Coco), cada um denotando sua dedicação e esforço nos diferentes níveis do novo título da franquia.

Novos personagens jogáveis

Outra novidade muito bacana do game, que adiciona mudanças incríveis na jogabilidade, são os personagens jogáveis. Agora, com Crash Bandicoot 4: It’s About Time, é possível controlar Dingodile, Tawna e até mesmo dr. Neo Cortex, figuras já

... conhecidas da série original. Cada personagem traz à gameplay a peculiaridade de seu poder especial, tornando o jogo mais dinâmico.

Dingodile carrega uma espécie de aspirador que permite sugar caixas distantes e voar por curtos períodos de tempo, enquanto Tawna, com seu gancho, possibilita jogadas divertidas, como pulos de longa distância. Por último, o tradicional vilão Neo Cortex traz uma poderosa arma que transforma inimigos, como dinossauros, em blocos, além de destruir caixas em espaços mais afastados.

O jogador pode, também, a qualquer momento da gameplay, revezar entre Crash e Coco, que seguem a jogabilidade já tradicional do título.

As máscaras quânticas

Para impedir os planos de dominação universal de Neo Cortex e N. Tropy, Crash e Coco precisam capturar quatro máscaras quânticas: a Lani Loli, que permite um intercâmbio entre realidades; a Akano, que envelopa o jogador em uma magia roxa e o permite voar; a Kupuna Wa, que congela o tempo, facilitando jogadas necessárias; e, por último, Ika Ika, a máscara que controla a gravidade e possibilita ações estratégicas, como andar no teto, por exemplo.

Os poderes são novidade no jogo e adicionam muito movimento à gameplay. Inicialmente, as máscaras podem parecer um pouco complexas de utilizar, mas, depois que o jogador pega o jeito, elas se transformam em ferramentas de enorme utilidade.

As flashback tapes

O novo game da Toys For Bob é tão complexo que conta até mesmo com fases secretas. Dispostas pelos mapas das fases comuns, elas são desbloqueadas quando o jogador chega em sua localização sem ter morrido. Por conta disso, algumas fitas são difíceis de desbloquear, enquanto outras são mais fáceis. O propósito das flashback tapes é dar mais material para entreter o jogador, já que funcionam basicamente como uma fase bônus. Vale destaque para o design, que simula granulados e detalhes de vídeos antigos.

Cores brilhantes e cenários incríveis

Crash Bandicoot 4: It’s About Time é um jogo muito bonito. Apesar de manter intacta a essência do game, a Toys For Bob deu uma primorosa repaginada na franquia do marsupial. Cada mundo desbloqueado é uma nova possibilidade de viajar por cores vibrantes em cenários cuidadosamente produzidos. Um destaque que precisa ser mencionado é a variedade de ambientações: há fases no gelo, em navios piratas, eras jurássicas e até mesmo cidades circenses, todas brilhantes e chamativas.

A quantidade de mundos é vasta, com fases que aumentam conforme novos personagens são desbloqueados. O modo N. Verted, que, seguindo a lógica da inversão, normalmente é apresentado em preto e branco, duplica cada nível, concedendo ao jogador mais material para explorar e colorir. O novo título trouxe a Crash sua modernidade merecida.

Conclusão

Com a jogabilidade tradicional de plataforma modernizada por suas novas dinâmicas, Crash Bandicoot 4: It’s About Time é pura diversão revestida em nostalgia. Embora tenha complexidade altíssima, o jogo é completamente possível de zerar. Porém, para melhor aproveitamento do título, é necessário jogar até o fim pelo menos mais de uma vez.

Já era hora de ganharmos um novo título original para Crash Bandicoot. Repleto de pequenas surpresas e diamantes muito bem escondidos, o novo game da franquia é tudo o que esperávamos que fosse, sendo uma ótima pedida para quem já é fã e para aqueles que ainda não conhecem a série.

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