The Last of Us Part 2 é o grande jogo exclusivo para PS4 com data de lançamento para 21 de fevereiro de 2020. Ele chega para suceder o primeiro game, de 2013, em tudo: ambição, qualidade de história e sucesso. Testamos a demo do novo jogo da Naughty Dog e podemos afirmar que é a sequência que todos esperavam para o game que virou febre. Durante os testes, jogamos duas partes distintas da história, uma no início e outra mais a frente da trama. Confira nossas impressões:

Uma história mais tensa

Na primeira parte da história, conhecemos um pouco da rotina da Ellie cinco anos depois dos eventos do primeiro The Last of Us. Agora com 19 anos, ela vive uma vida mais calma, apesar do mundo ainda conviver com o caos dos infectados. Nesta demo, acompanhamos uma das rondas da personagem, juntamente com sua amiga Dina, para encontrar infectados e suprimentos. Andamos de cavalo por meio da neve, entrando explorando algumas residências. Conseguimos ver também mais a fundo a relação entre as duas personagens, com diálogos que mostram seus sentimentos e como elas se relacionam no dia a dia.

Já na segunda etapa da demo, avançamos para um momento mais tenso do jogo. Embora não tenham sido revelados muitos detalhes da trama, sabe-se que Ellie vai passar por algumas experiências que fazem ela sair da sua tranquilidade e buscar respostas. Neste momento, enfrentamos uma espécie de milícia, em um cenário cheio de lojas abandonadas e muitas árvores e plantas. Uma espécie de cidade fantasma com muita vegetação.

Uma das principais características desses novos inimigos é que eles possuem cães farejadores, que dificultam ainda mais a experiência de se manter furtivo pelo jogo. Embora seja possível matar os animais, os sons e imagens são bastante violentos e cruéis com os bichinhos.

Aliás, tensão e violência parecem ser os grandes motes da trama. Embora ainda faltem detalhes, pelo que foi apresentado pela Naughty Dog no evento, pode-se esperar uma história bastante carregada de tristeza e desespero, com cenas bem macabras e lugares ensanguentados.

Jogabilidade mais leve

Embora tenham mantido boa parte da mecânica do jogo original, The Last of Us Part 2 tem uma dinâmica nova por mudar o personagem que é controlado. Ellie, ao contrário de Joel, tem mobilidade e agilidade, o que foi muito explorado no novo game. Agora, a personagem terá que dar muito mais saltos, além de poder se esgueirar pelo chão e se esconder pelo gramado. Outra mecânica acrescentada foi a da esquiva, que ficou mais fluida ao combater inimigos no mano a mano.

As mudanças, porém, não modificam a forma de jogar em geral. Boa parte do jogo ainda exige a mecânica stealth, ou seja, depende que você fique escondido atrás de paredes ou caixas e saiba a hora certa de atacar o inimigo por trás. Com isso, o novo game se mantém totalmente fiel à jogabilidade do primeiro The Last of Us, mas sem se deixar virar "mais do mesmo".

Visual que encanta ainda mais

Apesar de ser a versão demo, ainda não finalizada e otimizada, dá para se ter uma boa noção de como serão os visuais da continuação. O game parece trazer um motor gráfico muito poderoso, já que carrega muitíssimos detalhes e cenários impressionantes. Na primeira parte da demo, por exemplo, passamos pelo meio da neve e pudemos ver os flocos caindo pelas roupas e mochilas, além das marcas impecáveis que os cavalos deixavam pelo chão.

Mas o grande diferencial do jogo com certeza é a perfeição das luzes, principalmente as artificiais. Nos cenários internos vemos como as lâmpadas e a lanterna iluminam o ambiente e os personagens com muita perfeição, quase como se fosse um vídeo. Essa com certeza é a grande diferença gráfica entre o novo jogo e sua edição anterior.

Mudando para melhor

Com as novas características físicas do personagem principal, The Last of

... Us ganha uma dinâmica diferente e bem interessante. Com isso, pode-se esperar cenários com mais altura, para corridas e saltos longos. As batalhas também ganham novos potenciais, já que Ellie perde em força para Joel, mas ganha em velocidade e na esquiva.

Outro ponto interessante que pôde ser notado foi a presença de mais melhorias para as armas. Agora, as mudanças feitas nos objetos são mais detalhadas, mostrando mais claramente o que se ganha com cada modificação.

Por fim, a história também parece envolver mais o psicológico da personagem. Pelo que foi dito pelo criador Neil Druckmann na apresentação antes da demo, você precisa ver até onde é capaz de ir atrás de justiça. Assim, os infectados parecem ser só um detalhe dentro de todo o contexto pelo qual Ellie vai passar.

The Last of Us Part 2 se mostra uma sequência à altura do aclamado game de 2013, mas sem se tornar repetitivo. A trama parece ser bastante nova, outros personagens se encaixam muito bem, e a forma de jogar ganha modificações na medida certa.

*O jornalista viajou a Los Angeles a convite da Sony



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