Escolher o melhor celular novo envolve conhecer a ficha técnica do smartphone e características que atendem ao seu perfil de uso. Quesitos como bateria para um dia inteiro, tela de alta resolução para assistir séries, processador poderoso para jogos e qualidade de câmeras para caprichar nas fotos são alguns dos aspectos técnicos que podem ser levados em consideração no processo de compra de um smartphone. Confira a seguir como analisar as especificações do telefone e como identificar qual atributo mais pesa na balança levando em consideração as necessidades de cada usuário.

Tela

A tela é aspecto fundamental do celular, já que ela é a principal forma de interação com o aparelho. De um modo geral, há três aspectos técnicos que servem para diferenciar um display de entrada de um modelo mais sofisticado: resolução, tecnologia do painel e, mais recentemente, velocidade de tela.

Tela de alta resolução é algo importante para quem gostar de assistir filmes e séries no celular, por exemplo. Caso este não seja o seu foco, pode ser que resoluções mais altas não façam tanta diferença e provavelmente aparelhos com tela HD ou HD+ devem dar conta do recado.

Um truque simples que pode ajudar na hora de verificar o nível de definição de cada tela é observar a densidade de pixels por polegada do display numa conta que considera o tamanho de tela e resolução. Caso a densidade seja igual ou superior a 326 pixels a cada polegada, a tela tem alta definição. Se for inferior, o usuário pode acabar percebendo imagens e interface gráfica mais granuladas na tela.

Outro critério importante são as tecnologias de tela. Em celulares, há dois grandes grupos no momento: display OLED, usado normalmente em aparelhos premium; e as telas IPS LCD, comuns em celulares de perfil mais intermediário ou de entrada. No geral, o OLED é superior por oferecer melhor contraste, tons escuros mais precisos e cores mais vivas. Porém, o LCD também pode render telas com reprodução de cor mais precisa dependendo do fabricante.

Também é importante verificar a questão da velocidade de tela. Ela é medida em Hertz (Hz) e determina quantas vezes o display atualiza por segundo: quanto mais rápida a tela, mais fluida são as transições. Celulares mais caros podem oferecer modos de 90 ou 120 Hz, enquanto que o padrão de 60 Hz é o mais comum atualmente na indústria de smartphones.

Processador

O processador é o cérebro do celular. Este é componente que recebe e realiza instruções passadas pelo sistema operacional e os apps utilizados. O processador é responsável pelos cálculos que o smartphone realiza e, por conta disso, quanto mais poderoso ele for, melhor o desempenho do telefone.

Chips poderosos são indicados para usuários que procuram um aparelho capaz de encarar tarefas mais pesadas, como apps mais exigentes, como editores de vídeo e jogos com gráficos realistas. Além disso, envelhecem melhor com o passar do tempo. Para quem não precisa de tanto poder computacional, um processador intermediário tende a ser suficiente para surfar na internet, usar aplicativos de redes sociais e mensageiros sem travamentos ou engasgos.

Na hora de comparar processadores para celular, há basicamente dois critérios importantes: a quantidade de núcleos (quad-core para quatro núcleos, hexa-core para seis e octa-core para oito), e as velocidades, medidas em GHz. Quanto mais núcleos, mais instruções o processador pode realizar ao mesmo tempo. Quanto maior a velocidade, mais dessas instruções cada um dos núcleos pode dar conta numa unidade de tempo.

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Memória RAM

A memória RAM é a quantidade de espaço de memória que o aparelho usa para operações fundamentais. Ela é usada para guardar arquivos e dados temporariamente para que o sistema consiga acionar aplicativos com mais rapidez. Esta especificação tem impacto na percepção que o usuário tem da agilidade do aparelho em responder aos comandos, além de também ter efeito na qualidade de experiência de uso quando muitos apps estão abertos em segundo plano.

Imagine que você tem diversos aplicativos abertos no celular. O estado em que você deixou os programas está guardado nesta memória e consome uma parcela da RAM para permitir o retorno aos apps do ponto em que você parou anteriormente. Sem a memória RAM, o smartphone não conseguiria realizar esta tarefa e os usuários teriam que recarregar tudo do zero sempre que desejassem abrir determinada aplicação.

Hoje, celulares mais caros têm quantidades de RAM na casa dos 8 GB ou até mesmo 12 GB, mas aparelhos mais em conta podem aparecer com a metade disso ou até menos. Já no caso da Apple, é importante considerar que a empresa não revela oficialmente a capacidade de memória RAM dos iPhones. Os números normalmente são divulgados de forma extraoficial por desenvolvedores e por técnicos que desmontam os aparelhos.

Armazenamento

A quantidade de armazenamento determina quanto espaço o aparelho tem para guardar arquivos, aplicativos, fotos, entre outros documentos. Em 2020, 64 GB tende a ser o suficiente para dar conta das necessidades básicas de qualquer usuário, permitindo instalar vários apps e guardar um bom volume de documentos e fotos. Com 32 GB, avisos de que o celular está ficando sem espaço podem se tornar rotineiros caso você receba muitas mídias pelo WhatsApp, por exemplo.

Quem desejar mais que 64 GB encontra aparelhos no mercado com 128 GB. Essa quantidade de espaço é, no entanto, mais comum em telefones mais caros.

Além do espaço de armazenamento de dados interno oferecido pelo celular, você também pode buscar modelos que permitem expandir esse total com o uso de cartões de memória. Algumas empresas como a Samsung oferecem esta expansão em aparelhos de todos os tipos e preços.

Câmeras

Quem gosta de tirar muitas fotos com o celular precisa ficar de olho nas características de câmera do smartphone. As questões mais importantes vão além da resolução máxima em MP e passam por especificações como abertura das lentes, para melhor qualidade de captura em situações com pouca luz, disponibilidade de mais de uma câmera e o perfil das lentes, além de recursos avançados dos fabricantes, como processamento de imagem para gerar melhores resultados nos arquivos finais.

Vale lembrar que a resolução sozinha não define a qualidade de uma câmera de celular. O que é importante, na verdade, é a combinação da resolução com outros fatores. Lentes mais abertas, com razão focal mais baixa como f/1.7 ou f/1.8, por exemplo, têm maior capacidade de capturar luz e tendem a gerar fotos de melhor qualidade no escuro.

Outro diferencial importante é a quantidade de câmeras. Aparelhos com duas, três ou quatro câmeras são comuns em diferentes faixas de preço e oferecem um sistema que combina o perfil diferente de cada sensor – um é para fotos convencionais, outro pode ser indicado para panoramas abertos e outro para dar zoom e aproximar, por exemplo.

Bateria

A capacidade da bateria é importante para indicar quanto tempo o celular pode ficar longe da tomada. Em geral, fabricantes medem esta capacidade em miliamperes-hora (mAh), uma unidade que aponta a capacidade bruta do componente.

Atualmente, baterias com 4.500 mAh ou mais são vistas como componentes de grande capacidade e podem aparecer mesmo em celulares mais em conta. Em alguns casos, há linhas de aparelhos dedicadas exatamente a oferecer longa duração de bateria, como são os casos dos modelos Power da Motorola.

Embora o valor dê uma ideia geral da capacidade, há muitos fatores que costumam ter efeito no consumo, como velocidade do processador, resolução de tela e condições gerais de uso. Por isso, é uma boa ideia verificar a autonomia que o fabricante promete para o celular – que pode acabar sendo um valor otimista demais – e compará-la com a experiência de uso real. No TechTudo você encontra reviews de smartphones em que são realizados testes para ter uma ideia de quanto cada modelo resiste longe da tomada.

Outro detalhe relevante a respeito da bateria é ficar de olho no suporte à recarga rápida. A tecnologia permite que o celular seja reabastecido em poucos minutos de forma que, mesmo que a bateria acabe seja possível voltar a usar o aparelho em pouco tempo.

Uma dica importante é verificar se a fonte que acompanha o celular tem a função de carregamento rápido, ou se é necessário comprar um carregador novo. É possível descobrir nas especificações técnicas: um carregador de celular com 9 Watts de potência será um carregador comum, sem capacidade de recarga rápida. Opções com 15 ou mais Watts já garantem alimentação acelerada ao seu celular.

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