A Apple entrou na Justiça contra uma empresa que conseguiu recriar o iPhone digitalmente. Por meio dela, pesquisadores de segurança poderiam realizar experimentos mesmo sem comprar o smartphone da Apple, já que até mesmo as entranhas do sistema iOS estão presentes. A tecnologia funciona como um emulador. Por causa disso, a empresa chamada Corellium entrou na mira da companhia norte-americana. O processo corre nos Estados Unidos desde meados de agosto.

O foco de pesquisadores – os hackers do bem – no iPhone tem um motivo especial: existe um prêmio de US$ 1,5 milhão para quem encontrar uma falha grave no iPhone que permita acesso às informações de dentro do aparelho sem que o usuário toque em nada. A quantia equivale a R$ 6 milhões.

A fabricante alega que foram violados diversos direitos autorais quando a Corellium levou ao mercado versões virtuais de seus aparelhos. Funcionários da Apple admitiram surpresa com a atenção aos detalhes na reconstrução virtual do telefone.

Para corroborar a alegação no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, a Apple se utiliza, inclusive, da própria argumentação da Corellium dada no início deste mês na conferência Black Hat. Segundo a empresa, os produtos são uma cópia perfeita das características protegidas pela Apple e foi criado com o intuito de ajudar pesquisadores e hackers a testar a vulnerabilidade do sistema da maçã.

A Apple diz no processo que a combinação de hardware e software do iPhone é “altamente valiosa” e que o negócio da Corellium ”é baseado inteiramente na comercialização da réplica ilegal do sistema operacional e aplicativos”. A gigante de Cupertino chega a admitir que a versão falta é um “fac-símile digital perfeito” do original.

A Apple pede que a Corellium seja impedida de comercializar versões virtuais de seus produtos e que os clientes dela não as utilizem mais. Ainda exige que a organização informe a todos os usuários que o acesso aos iPhones virtuais correspondem à infração dos direitos autorais e que todo o material App

... le presente na plataforma seja destruído.

Além disso, o processo prevê que a Corellium pague as despesas judiciais, os honorários dos advogados e a perda de lucro que obteve com a venda dos aparelhos virtuais.

Via PhoneArena e Bloomberg



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