Quem tem mais de 30 anos se lembra perfeitamente da era das câmeras fotográficas de filme. Lidar com limite de fotos – normalmente 24 ou 36 poses -, esperar 48 horas para as fotografias serem reveladas e rebobinar filme eram algumas práticas comuns que os mais novos acham “bizarro”.

Relembre as câmeras digitais que fizeram sucesso no início dos anos 2000

Se você não viveu essa época (ou viveu e quer se lembrar), confira a seguir cinco situações ligadas às máquinas fotográficas antigas que caíram no esquecimento com a chegada das câmeras digitais.

Confira práticas ligadas às câmeras analógicas que caíram em desuso (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

1) Abrir a câmera e o filme queimar

Filme de câmeras antigas queimavam ao entrar em contato com luz direta (Foto: Divulgação/Fuji)

A fotografia analógica usa a luz para gravar as imagens no filme. Em outras palavras: filmes fotográficos são fotossensíveis. Isso implica no filme queimar quando exposto à luz direta, razão pela qual abrir a câmera com ele dentro era verdadeiro motivo de pavor. E suspense também: como a parte dentro do rolo não queima, nunca se sabia ao certo a extensão do dano até o momento de revelar as fotos.

2) Suspense na revelação

Visualizar resultado da foto logo após captura era impossível nas câmeras antigas (Foto: Pedro Zambarda/TechTudo)

Revelar as fotos, aliás, era sempre sinônimo de expectativa. Não dava para saber se as fotos tinham ficado boas ou não antes da revelação – que era bem cara, diga-se de passagem. Não era raro mal sair do laboratório e perceber que todas as fotografias tinham ficado ruins (e todas significava, no máximo, 48 poses). Via de regra, pelo menos uma foto de alguém com cabeça cortada tinha que ter.

3) Comprar filme PB

Rolos de filme eram inteiros preto e branco ou coloridos (Foto: Raquel Freire/TechTudo)

Fotos coloridas ou em preto e branco, nas câmeras analógicas, são determinadas pelo filme. Ou seja, se você comprasse um filme PB, tinha que tirar todas as poses para então inserir um colorido. Nada de alternar os modos a cada captura; era preciso estar determinado a fazer registros apenas preto e branco até que o rolo acabasse.

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4) Rebobinar e gravar por cima

Exemplo de foto com efeito de dupla exposição (Foto: Daniel Ribeiro/TechTudo)

Filmes fotográficos, assim como as pré-históricas fitas

... VHS, precisavam ser rebobinadas. Acontece que era comum dar algum erro no processo, como rebobinar o filme antes de terminar ou voltar até a pose 5, por exemplo, em vez da zero. A falha eventualmente fazia com que o fotógrafo tirasse uma foto em cima da outra, gerando o efeito conhecido como dupla exposição.

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Isso também ocorria quando alguém fazia o disparo e não girava o filme. Para os usuários comuns, na maior parte das vezes o efeito era acidental. No entanto, fotógrafos profissionais ou amadores sérios costumam buscar esse resultado inesperado, fazendo uma imagem “conversar” com a outra.

5) Mais ampliação

Câmeras analógicas produzem fotos com melhor resolução (Foto: Divulgação/Lomography)

Se engana quem pensa que tudo era desvantagem nas máquinas antigas. Tudo bem que as câmeras ganharam uma série de recursos facilitadores, mas a qualidade de imagem superior das analógicas permite que as fotos sejam ampliadas mais vezes que as tiradas com máquinas digitais. Para efeito comparativo, um filme de 35mm, usado em dispositivos mais básicos, podia ser ampliado sem ruído em 40 x 50 cm; já uma câmera de 5 megapixels produz boas imagens para impressão em tamanho máximo de 20 x 30 cm.



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