Em DotA 2, algumas condutas podem resultar em banimentos, como manipulações de resultados, por exemplo. Enquanto é possível para um jogador banido de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) continuar participando de outros eventos, no caso dos usuários de DotA 2, a situação complica um pouco, já que não há tantas competições disponíveis. Confira, nas linhas a seguir, jogadores que foram banidos do game da Valve e tiveram suas carreiras praticamente acabadas.

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1. O esquema da Arrow Gaming

Os primeiros jogadores da história do DotA 2 que foram banidos permanentemente do competitivo eram da Arrow Gaming, equipe da Malásia que competia no The International 2014, o torneio mais importante do game. Foram encontradas suspeitas, em outubro daquele ano, de que os cinco membros do time estavam envolvidos em um escândalo de manipulação de resultados.

A suspeita começou no torneio classificatório do Sudeste Asiático para a Synergy League, em setembro de 2014. Na época, a Arrow Gaming foi acusada de perder uma partida propositalmente para lucrar com apostas.

A confirmação chegou após Tiffani "Oling" Lim, um ex-manager de uma equipe chamada Titan Gaming, começar a investigar o caso. Ele recebeu uma série de registros de mensagens trocadas entre jogadores da Arrow Gaming com suas namoradas. Nelas, foi mostrada uma discussão sobre o esquema, com até mesmo debates sobre como encobri-lo. Isso levou ao banimento dos players pela Valve e por outras competições. Os jogadores eram Hsien Wan "Lance" Fua, Chiok "XiangZai" Soon Siang, Choo Jian "MoZuN" Goh, Matteru "MtR" Xing e o até então astro da região, Yi Liong "ddz" Kok.

2. Três equipes, um escândalo

Nos anos de 2014 e 2015, um total de oito jogadores das equipes Aces Gaming, Mineski e MSI-Evolution Gaming Team, todas do Sudeste Asiático, estiveram envolvidos em um novo escândalo de manipulação de resultado. Esse caso veio à tona em 2016, depois de denúncia feita pelo jogador vietnamita Thien Tai “Taipolime” Vuong, que competia, na época, pela Aces Gaming.

Ele acusou todos os seus companheiros de entregar partidas – com exceção de Quoc Vuong “Fox” Vo, que sabia do esquema, mas não participou dele. Outros jogadores da Mineski e da MSI-Evolution também foram banidos permanentemente pela Valve após uma investigação.

Entre os jogadores banidos, estava Jacko "Jacko" Soriano, jogador das Filipinas que atuava pela Mineski. Na época, ele tinha um dos maiores MMRs da região, perdendo apenas para o também suspenso Yi Liong "ddz" Kok. Quando aconteceu seu banimento, Jacko era menor de idade, o que mobilizou a comunidade a pedir uma nova chance para ele. O movimento, no entanto, não adiantou. Ele seguiu jogando DotA 2 em torneios Tier 3 e Tier 2, chegando até a ter o jogador ddz como parceiro de equipe, mas eventualmente migrou para o Mobile Legends: Bang Bang.

3. Polêmica na América do Sul

Ainda em 2016, outro caso de manipulação de resultados aconteceu no cenário de DotA 2, dessa vez na América do Sul. Na decisão de terceiro lugar da ProDotA Cup Americas 3, a Infamous venceu a equipe da Elite Wolves por 2-0, um resultado, na época, considerado uma zebra.

Embora ninguém tenha suspeitado de nada a princípio, a série entre as equipes peruanas acabou entrando na mira da Valve, que iniciou uma investigação. Três semanas depois, os jogadores Bryan "SmAsH" Siña, Ricardo "mstco" Román, Juan Carlos "vanN" Tito, Jesús "Ztok" Carhuaricra e Iwo "i

... w o" Bejar receberam um e-mail da desenvolvedora afirmando que eles estavam banidos permanentemente.

Entre os nomes, podemos destacar SmAsH, que se tornou o primeiro sul-americano a chegar aos 9 mil de MMR no DotA 2, feito alcançado cerca de um ano após seu banimento. Além de SmAsH, vale citar Ztok, que conquistou grandes resultados em sua carreira, como uma vaga no The Frankfurt Major 2015.

SmAsH ainda voltou a discutir sobre o assunto no Reddit em 2017, quando fez uma denúncia a respeito dos problemas que enfrentava com organizações e a situação em que vivia. Ao final, ele admitiu que havia manipulado o resultado da partida junto de sua equipe, mas que a atitude foi motivada por desespero, e não por ganância.

4. Campeão mundial banido

Em maio de 2020, a equipe chinesa Newbee foi banida para sempre de todas as ligas afiliadas à Associação Profissional Chinesa. A organização, que foi campeã mundial do The International 2014, contava com os jogadores Xu "Moogy" Han, Yin "Aq" Rui, Wen "Wizard" Lipeng, Yan "Waixi" Chao e Zeng "Faith" Hongda. O banimento da Valve, no entanto, aconteceu apenas em janeiro de 2021, após o fim das investigações, que confirmaram a manipulação de resultados ocorrida durante a StarLadder Minor Season 3 2020, em jogo contra a Avengerls.

O line-up da Newbee contava com dois nomes respeitados no cenário mundial de DotA 2: Xu "Moogy" Han e Zeng "Faith" Hongda. Moogy esteve presente nas conquistas da Perfect World Masters, ESL One Genting 2018 e no vice-campeonato no The International 2017, quando a Newbee foi derrotada pela Team Liquid. Já Faith, além de ter participado das mesmas campanhas com a Newbee, também tinha em seu currículo o título mundial do The International 2012, quando atuava pela Invictus Gaming.

5. Má conduta

Em janeiro de 2021, jogador estadunidense Jimmy "DeMoN" Ho foi banido permanentemente das competições organizadas pela Beyond the Summit, NA DPC League e, por fim, pela Valve, por má conduta. A razão disso é uma acusação feita em junho de 2020, quando duas fontes anônimas divulgaram múltiplas histórias envolvendo DeMoN em casos de agressão sexual.

Na época das acusações, DeMoN estava atuando apenas como treinador. Porém, no começo de janeiro de 2021, havia retornado ao posto de jogador para competir pela Aristotle, que participava do classificatório para o Dota Pro Circuit.

O jogador utilizou o seu Twitter para negar as acusações e lamentou que denúncias anônimas tenham "acabado" com sua reputação e toda sua carreira. Ele também alegou na época que tentaria provar sua inocência, enviando e-mails para a Valve e tomando ações legais. Uma das empresas questionadas sobre o ocorrido foi a Beyond the Summit, que afirmou que o banimento só aconteceu após o recebimento de uma informação comprovada e que não seria divulgada para proteger o anonimato da vítima.

Com informações de Liquipedia, Win.gg e Esports

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