O ano de 2020 foi conturbado para o mundo da tecnologia e isso não foi diferente no universo dos aplicativos. Uma das grandes polêmicas envolveu o app chinês TikTok, ameaçado de banimento pelo governo dos Estados Unidos por divergências políticas com a China. Outro assunto que chamou atenção foram as críticas públicas do Facebook à Apple em anúncios publicitários por conta das mudanças em privacidade e coleta de dados no iOS 14.

O ano também foi marcado por restrições em aplicativos de carona como o Uber, e por golpes em serviços de delivery. Confira, nas linhas a seguir, sete polêmicas de apps que deram o que falar em 2020.

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Quase banimento do TikTok

O possível bloqueio foi levantado pela primeira vez pelo governo americano em julho, em entrevista do Secretário de Estado Mike Pompeo a uma rede de televisão dos Estados Unidos. A alegação era de que o app chinês que é febre entre jovens e adolescentes estaria roubando e transmitindo dados de forma ilegal para o Partido Comunista Chinês.

O discurso foi reforçado pelo presidente Donald Trump, que sugeriu que o aplicativo fosse comprado por uma empresa americana para continuar funcionando no país. Após inúmeras datas cravadas para o banimento, uma decisão de uma juíza da Pensilvânia impediu o bloqueio por falta de provas de espionagem – o que segue valendo até o momento.

iOS atualiza e deixa usuários sem função

Diante das altas demandas por chamadas de vídeo por conta do coronavírus, uma mudança do iOS 13.4 irritou diversos usuários do sistema da Apple. A atualização, liberada em abril, impediu chamadas no FaceTime com contatos que ainda utilizavam o iOS 9.3.5 ou 9.3.6.

O problema tornou impossível ligar para dispositivos como iPad 2, iPad 3, iPhone 4S, iPad mini (1ª geração) e iPod Touch (5ª geração), por exemplo. Na época, a gigante de Cupertino não se pronunciou para confirmar se era mesmo uma espécie de bug ou uma mudança intencional na plataforma.

Facebook e WhatsApp criticam funções do iOS 14

Alegando preocupação maior com a privacidade aos usuários, a Apple anunciou que pode remover da App Store os aplicativos que não cumprirem as regras anti-rastreamento no iOS 14. De acordo com as novas diretrizes, apps deveriam passar a pedir permissão aos usuários para coleta de informações para fins publicitários.

O anúncio foi suficiente para gerar duras reações contrárias do Facebook, que começou a atacar a Maçã com anúncios de página inteira em jornais de renome dos Estados Unidos, como New York Times. A campanha intitulada "Apple vs. a Internet livre" alega que a nova política atrapalha a existência de apps gratuitos, como Facebook e WhatsApp.

Safaria bloqueia buscas erradas com filtro

Em fevereiro, um usuário do Twitter expôs uma falha no navegador oficial da Apple que bloqueava incorretamente conteúdos relacionados a asiáticos no iPhone (iOS). O problema, que ocorria quando o filtro que bloqueia o acesso à pornografia estava ativado, impedia a busca de palavras como "asian" (asiático) e "teen" (adolescente), supostamente associadas aos sites de conteúdo adulto.

Termos como "asian hairstyles" (cortes de cabelo asiáticos), "teen mental health resources" (recursos de saúde mental para adolescentes) e "asian food" (comida asiática) não podiam ser pesquisados. A Apple não se pronunciou.

Motoristas do Uber recusam viagens por conta da Covid-19

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A chegada do novo coronavírus nos Estados Unidos no início do ano gerou uma onda de pânico entre os motoristas de Uber no país. Em março, quando os EUA já haviam registrado sua primeira morte, usuários passaram a encontrar dificuldades em iniciar viagens nas imediações de aeroportos – recusadas por boa parte dos motoristas.

Em um período ainda com poucas informações sobre a doença, os motoristas americanos alegavam a ausência de diretrizes por parte da companhia de mobilidade e passaram a tomar medidas próprias para evitar o contágio. Atualmente, a Uber orienta os condutores a seguir diversos protocolos de segurança, como o uso obrigatório de máscara no interior dos veículos.

App de confissões expõe dados de usuários

Muito popular entre jovens, o aplicativo de mensagens anônimas Whisper expôs mais de 1 bilhão de posts de quase 900 milhões de usuários ao deixar seu banco de dados visível na Internet. As informações foram divulgadas pelo The Washington Post e relataram que os dados estavam disponíveis sem nenhum tipo de senha ou criptografia.

As informações estavas abertas desde o lançamento do app e foram removidas da rede apenas após o contato do jornal. Autointitulado "o lugar mais seguro da Internet", o Whisper permite que usuários compartilhem conselhos e confissões pessoais.

Golpe do delivery com entregadores do Rappi e do iFood

Com o aumento nos pedidos de delivery por conta da pandemia, criminosos passaram a aplicar golpes utilizando ferramentas de entrega como Rappi e iFood. De acordo com um alerta do Procon de São Paulo, emitido em agosto, os golpistas usavam maquininhas de cartão com o visor propositalmente danificado e lançavam um valor bem superior no momento da entrega.

Em resposta, o iFood informou que não exige pagamentos adicionais na entrega e o Rappi confirmou que seus entregadores não operam com maquininhas de cartão, e que taxas como gorjetas podem ser concedidas pelo próprio app.

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