A 99, aplicativo de transporte compartilhado, anunciou nesta quarta-feira (9) o lançamento do guia de comunidade com foco em conscientizar as 20 milhões de pessoas que interagem na plataforma em relação aos direitos e responsabilidades tanto de motoristas quanto de passageiros. De acordo com a empresa, 59% dos casos de segurança na 99 foram causados pela falta de respeito entre uma das partes.

Entre as ocorrências registradas pelo aplicativo para Android e iPhone (iOS), a maior delas é a de assédio e abuso sexual, que registrou 23% da fatia de casos. A taxa de denúncias das vítimas ficou equilibrada entre passageiros (51%) e motoristas (49%).

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Já a agressão verbal, que ocupa 14% das denúncias, é maior contra motoristas (73%) do que passageiros (27%). O mesmo ocorre com as agressões físicas (7%), que atingem mais os trabalhadores, com 81% de ocorrências contra 19% dos passageiros. Por fim, a discriminação, incluindo racismo e LGBTfobia, são responsáveis por 4% das denúncias, que ocorrem mais contra passageiros (69%) do que aos motoristas (31%).

A empresa revelou também que cerca de 730 pessoas, tanto motoristas quanto passageiros, são banidas por semana por assédio sexual. Através de um sistema de inteligência artificial que vasculha os comentários deixados na plataforma, a 99 consegue identificar comportamentos inapropriados, mesmo que a vítima não tenha reconhecido o abuso. O objetivo da plataforma é expandir a iniciativa para monitorar casos de racismo, que a empresa acredita serem subnotificados.

O guia de comunidade da 99 (99app.com/guiadacomunidade) foi criado em parceria com o Instituto Ethos, referência em responsabilidade social, como forma de tentar atingir todos os usuários, tanto motoristas quanto passageiros, em relação ao comportamento adequado durante as viagens. “O carro não é uma terra de ninguém. O carro é um local de prestação de serviço, é um local de respeito onde as pessoas precisam se tratar de forma gentil. O motorista também está ali prestando um serviço e essa é a profissão dele”, ressalta a diretora de comunicação da 99 Pamela Vaiano.

O guia da comunidade traz as atitudes que são recomendadas, as que devem ser evitadas e, inclusive, as que são inaceitáveis. A plataforma mostra, ainda, como a pessoa que sofreu algum tipo de agressão pode reportar o caso para a 99 ou para a polícia. Assim que a ocorrência é feita, a empresa bane o usuário agressor da plataforma e oferece atendimento para os usuários que sofreram violência, seguindo os protocolos de atendimento interno. Caso seja necessário, apoio psicológico e jurídico também são disponibilizados pela 99.

O guia de comunidade será divulgado pela empresa e, no próprio aplicativo, os usuários terão que dar uma espécie de aceite no guia para utilizar a plataforma. Quem não seguir as regras do novo documento pode, inclusive, ser banido da 99.

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Só em 2020, a empresa investiu R$ 35 milhões em tecnologias voltadas para segurança, como gravação de áudio das viagens. A 99 também anunciou este mês uma nova versão do app, que agora traz uma seção chamada assistente de segurança, que reúne em um só lugar todas as funções de proteção para o motorista e o passageiro, como a opção de compartilhar o percurso da viagem ou acionar a polícia.



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