O Campeonato Brasileiro de League of Legendes (CBLoL) já começou o processo de seleção de times do seu novo modelo de franquias. Em coletiva de imprensa na última quarta-feira (10), o diretor de esports da Riot Games no Brasil Carlos Antunes deu detalhes sobre os critérios de aprovação das equipes que vão disputar o torneio a partir do primeiro split de 2021. A desenvolvedora prometeu que o novo sistema vai manter o CBLoL competitivo, que busca organizações com torcida e tradição no Brasil e que vai fazer fiscalizações frequentes para que os pro players trabalhem com dignidade. A seguir, veja perguntas e respostas sobre as franquias no CBLoL.

O que é um sistema de franquias e como ele vai funcionar no CBLoL?

De maneira simplista, no sistema de franquia os times precisam comprar uma vaga para disputar um determinado torneio. Ao garantir a participação no campeonato, a equipe ganha mais estabilidade, já que as divisões de acesso e os rebaixamentos são extintos neste formato.

No CBLoL, o novo sistema de franquia pretende contar com dez times participantes. Os 14 times que atualmente disputam o grupo de elite do LoL brasileiro e o Circuito Desafiante terão que investir o valor de R$ 4 milhões para a entrada na franquia. Outras organizações interessadas pagarão R$ 4,4 milhões, de acordo com o GE.

Após se inscreverem, os times vão ser avaliados e selecionados pela desenvolvedora, que estabeleceu uma série de critérios para aprovação das orgs. Apesar de abrir as 10 vagas, a Riot trabalha com a possibilidade de apenas oito equipes estarem aptas a participar do CBLoL.

Quando os times serão divulgados e quais são os critérios de seleção?

As equipes participantes do CBLoL serão anunciadas no terceiro trimestre de 2020, que acontece entre julho e setembro. O processo de seleção dessas orgs já começou e as inscrições vão até o fim de junho de 2020. Depois disso, os inscritos serão avaliados em diversos aspectos pela desenvolvedora: serão analisados seus modelos de planos de negócios, estratégia de marca e infraestrutura oferecidas aos jogadores, por exemplo. A Riot ainda destacou que o aspecto financeiro não terá um peso maior no momento da escolha.

As orgs que já atuam no competitivo brasileiro de LoL terão prioridade nessa seleção, mas também precisam atender os outros critérios. "A gente entende que as organizações históricas no CBLoL, ou que estão construindo essa história atualmente, têm uma presença revelante na nossa comunidade. Quando a gente fala de marca, a gente fala da marca que faz o torcedor se envolver e que seria interessante ter na liga. Isso é uma grande pontuação", argumentou Carlos Antunes.

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Como será o torneio Academy?

Com a implementação das franquias, o Circuito Desafiante, que atualmente é um torneio de acesso ao CBLoL, será extinto e substituído por um torneio Academy (ainda sem nome oficial divulgado). "Sempre ouvimos dos times que é difícil manter um jovem talento motivado quando ele não está jogando", comentou Carlos Antunes, que explicou que a ideia da Riot é manter todos os pro players contratados pelas orgs em atividade e em desenvolvimento com o Academy.

"O nosso objetivo foi oferecer aos times um campeonato com palco, com premiação, com tudo isso, para que esses novos talentos que já estão nos times consigam treinar e se desenvolver mais rapidamente. A gente acredita que se você tem um jovem talento no torneio, ele pode se desenvolver muito mais depressa do que se estivesse na reserva de uma organização, por exemplo. A ideia é ajudar os times a acelerar esse processo", completou.

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Como fica a situação profissional dos jogadores com a liga?

A Riot Games prometeu que o histórico da relação das organização com os seus pro players será considerado. "No momento de seleção a gente pergunta do histórico com os jogadores, que tipos de suporte eles vão receber e como são tratados os pleitos desses profissional". Além disso, as contratações dos atletas vão precisar seguir os modelos estabelecidos pela Legislação Trabalhista Brasileira - que passa por um processo de flexibilização.

A desenvolvedora também estabeleceu um piso salarial para o jogador que atuar na liga. “Para o ano que vem a gente manteve o que tínhamos em contrato, que é um valor mínimo de R$ 2,5 mil por mês, e essa quantia vale para o Academy também. Para 2022, a gente estabeleceu um aumento para R$ 3 mil, o equivalente a 20%. A partir daí, vamos provocar os times com estudo de mercado e de salário para a progressão desses valores”.

Carlos Antunes também alegou, no entanto, que a desenvolvedora tem algumas limitações legais no processo de mediação entre organização e pro players, já que não é a ela que tem o vínculo trabalhista com os jogadores. “Legalmente temos algumas restrições que precisamos seguir. Mas criamos o Comitê da Liga, que é formado pela Riot e pelos dirigentes das organizações. O Comitê tem várias pautas que falam do bem-estar e do suporte aos jogadores". A desenvolvedora também promete que vai fiscalizar as situações de trabalho com frequência e que as organizações que desrespeitarem as condições estabelecidas nos contratos com a liga vão sofrer uma série de penalidades.

Como será feita a manutenção do sistema de franquias?

Uma grande preocupação do público com a implementação das franquias é a competitividade do torneio. Afinal, se os times têm suas permanências garantidas, o que vai incentivá-los a melhorar suas performances? Para manter o CBLoL disputado, vão existir "projetos de calibração do desempenho". Uma primeira iniciativa é estabelecer contratualmente critérios de saída da liga. "A gente vai acompanhar como as organizações conseguem desenvolver o que planejaram no seus planos de negócios. E se os times não tiverem uma performance mínima e ficarem sempre nas últimas posições por um período de tempo eles podem ser excluídos da liga".

Outro plano da desenvolvedora é que os times recebam incentivos financeiros para melhorarem seus desempenhos nos torneios internacionais. O CBLoL, por si só, já dá uma premiação por colocação e garante aos campeões vaga em dois torneios internacionais: o Mid-Season Invitational e o Mundial de LoL. Historicamente, no entanto, os times do Brasil não têm bons resultados mundo afora.

"Algumas organizações já entendem que não basta ser campeão do CBLoL, que é importante ter um bom desempenho lá fora. Mas isso tem que ser uma questão para todos". O plano de Riot é dar um valor extra para o time que participar desses mundiais como um incentivo na preparação da equipe. "A gente está preparando esse projeto para implementá-lo já a partir do ano que vem, para incentivar e compensar os times por esses resultados", finalizou.

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