Antes de comprar um notebook para trabalho, é preciso entender quais especificações no dispositivo podem somar ou atrapalhar na sua rotina. Vale verificar, por exemplo, qual é o tamanho de tela e o tipo de processador ideais. O processo de escolha passa também por compreender que coisas aparentemente banais, como os atributos do teclado e as conexões disponíveis na máquina, podem influenciar na produtividade.

A seguir, reunimos dez itens que devem ser levados em conta na escolha de um novo laptop para trabalhar e podem te ajudar a encontrar um modelo bom e barato.

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1. Formato

Comece escolhendo o laptop pelo formato: notebook convencional, ultrafino ou 2-em-1. O laptop comum costuma oferecer o melhor custo-benefício do trio, já que não vem com grandes inovações de design. Além disso, tende a trazer sistema de ventilação melhor para quem precisar exigir mais da máquina em tarefas pesadas.

Ultrafinos podem economizar em especificações como a potência do processador para evitar superaquecimento. Por isso, modelos como o MacBook Air são uma boa escolha apenas se você pretende realizar trabalho de baixa intensidade, como e-mail, navegação leve e edição de documentos. Para aliar portabilidade com desempenho é preciso investir alto em lançamentos mais recentes: o HP Spectre x360, por exemplo, não custa menos de R$ 9.900.

Já os modelos 2-em-1, que unem funcionalidades de notebook com tablet, podem ser uma opção se você pretende trabalhar em viagens de avião ou precisa de algo que sirva também para momentos de entretenimento. Mas, não esqueça de levar em conta que um notebook conversível nem sempre será portátil. Enquanto o Lenovo Yoga 520 e o Dell Inspiron 5000 pesam 1,74 g, o Surface Go, da Microsoft, tem peso de somente meio quilo.

2. Tamanho da tela

Notebooks com tela de 15 polegadas são os mais comuns do mercado e tendem a aparecer com mais frequência em ofertas. No entanto, é preciso estar atento às dimensões totais do computador, pois máquinas com display tão grande assim costumam ser espaçosas demais para caberem em mesas de cafés ou estações de trabalho mais enxutas.

Notebooks de 11" ou 12 polegadas também podem ser um problema, já que o espaço útil reduzido na tela pode apertar planilhas e documentos. Como isso é algo que pode impactar negativamente na produtividade, o ideal é escolher computadores desse tamanho apenas se houver um monitor disponível no escritório. Em geral, telas de 13" ou 14 polegadas atendem melhor à maioria das necessidades no trabalho.

3. Resolução da tela

Atentar para a resolução do display é importante não só para quem trabalha com imagens. Telas com mais pixels oferecem conforto maior para os olhos, além de exibirem mais informações no mesmo espaço. Um painel de 13 polegadas Full HD (1920 x 1080 pixels), por exemplo, pode mostrar uma quantidade maior de texto legível do que uma tela de 15 polegadas de resolução HD (tipicamente com 1366 x 768 pixels). Ou seja, mesmo que você não seja um designer, é recomendável optar pelo computador com display de maior definição possível.

4. Teclado

Um notebook para trabalho precisa, necessariamente, de um bom teclado e touchpad responsivo. Linhas profissionais, como a Latitude, da Dell, e a ThinkPad, da Lenovo, costumam trazer teclados feitos para digitação confortável. A qualidade tem a ver com a altura das teclas: se forem baixas demais, como no MacBook Pro 2018 e MacBook Air 2018, a usabilidade pode ficar comprometida. A escolha, porém, tem cunho pessoal: é importante examinar teclados em lojas físicas para sentir qual é mais macio e agrada mais, especialmente se a intenção é escrever textos longos.

5. Touchpad

Notebooks mais baratos não costumam vi

... r com touchpads de boa qualidade e, por isso, não são recomendados – a não ser que a ideia seja usar mouse externo o tempo todo. No quesito touchpad, o MacBook é o melhor: ele traz trackpad com respostas rápidas, tamanho grande e sensibilidade à pressão para facilitar a interação com gestos intuitivos.

Em computadores com Windows, a dica é optar por máquinas que trazem os drivers de precisão da Microsoft, que costumam oferecer uma resposta imediata e natural ao toque. Notebooks da HP, por exemplo, não costumam vir com esse software instalado, obrigando o usuário a tentar a instalação manual para melhorar a usabilidade.

6. Conectividade

Qualquer notebook moderno traz um conjunto muito parecido de conectividade sem fio, como Wi-Fi Dual Band e Bluetooth. As diferenças estão mais reservadas à disponibilidade de portas físicas, que é menor em computadores ultrafinos. Alguns modelos do tipo podem vir apenas com conexões USB-C. Lembre-se que, se for esse o caso do seu notebook, será preciso adquirir adaptadores à parte para usar acessórios básicos trivial, como mouse e cabo HDMI, ou conectar o celular para carregar.

Se as dimensões do computador não forem um problema, opte pelo maior número possível de entradas, incluindo USB convencional, HDMI e slot para cartão de memória. Já se o notebook precisar ser usado na empresa, é também importante considerar por modelos com Ethernet para conectar à Internet via cabo.

7. Processador

Nem sempre é preciso investir no melhor processador para trabalhar. As linhas Core i7 e i9 da Intel, por exemplo, são indicadas apenas para quem precisa editar imagens e vídeos ou lidar com modelagem 3D. Componentes dessa categoria pouco influenciam na velocidade de abertura de editores de textos, planilhas e sites no navegador, por exemplo.

Entre as principais opções do mercado, o Core i5 é o mais equilibrado para qualquer tarefa. O i3 também pode servir bem em trabalhos leves com documentos e e-mail. Por outro lado, chips das linhas Celeron, Atom, Pentium e Core M são mais simples e têm mais dificuldade de lidar com várias abas do navegador ou documentos pesados – relatórios com muitas imagens, por exemplo, podem demorar mais para abrir.

Processadores de geração mais recente também podem trazer mais benefícios, seja um melhor desempenho ou consumo mais econômico de bateria. Na linha Core i, a geração é indicada pelo primeiro número que aparece na nomenclatura: o i5-9500 é de nona geração (mais atual), o i5-8500 é de oitava, o i5-7200U é de sétima, e assim por diante. Escolha sempre o mais novo possível.

8. Memória RAM

A quantidade de memória RAM adequada varia conforme a necessidade do usuário. Mas é seguro afirmar que um notebook com 4 GB é mais indicado para estudantes, enquanto laptops para trabalho precisam ter, pelo menos, 8 GB para abrir vários programas sem engasgar. Modelos mais avançados, com 16 GB, devem ser a escolha de profissionais que lidam com programas pesados e que precisam ficar rodando o tempo todo no plano de fundo sem apresentar lentidão.

9. Armazenamento

A não ser que você precise de muito espaço, opte sempre por notebooks com SSD. Esse tipo de armazenamento é melhor em quase tudo em relação ao HD convencional, pois costuma ser mais rápido, seguro e durável. Em contrapartida, SSDs são mais caros: um laptop com 128 GB de SSD, por exemplo, pode custar mais do que um computador com HD de 1 TB.

Considere comprar um notebook com SSD de pelo menos 128 GB. Se for necessário mais espaço, opte por adquirir um HD externo à parte para guardar mais arquivos. Lembre-se também de que existem vários serviços na nuvem que podem ajudar. Por R$ 7 mensais é possível assinar 50 GB no OneDrive ou 100 GB no Google One.

10. Bateria

O investimento em um notebook com bateria de longa duração pode valer a pena se a ideia for trabalhar em locais públicos, sem tomadas disponíveis o tempo todo. Busque por laptops que ofereçam muitas horas de autonomia, sempre com uma boa sobra em relação à indicação nominal: se o fabricante diz que um computador fica até 12 horas ligado com uma carga, assuma que esse valor é menor em condições normais de uso.

Um exemplo é o Dell XPS 13 2018, que tem ficha técnica com bateria de 19 horas, mas, nos testes conduzidos pelo TechTudo, ficou ligado por 13 horas em média.

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