As placas de vídeo são componentes que podem simplesmente parar de funcionar, de uma hora para outra. Quando isso acontece, é normal que o usuário fique confuso quanto à causa do problema e o que poderia ter sido feito para evitar, além da possibilidade de conserto.

Pensando nisso, o TechTudo reuniu algumas informações a respeito dos componentes, como tipos de problema, sintomas, meios de prolongar a vida útil das placas e possíveis formas de consertar a GPU. Vale lembrar que as dicas valem para modelos de qualquer marca, como AMD e Nvidia.

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Como identificar uma placa de vídeo com problema

Placas de vídeo, assim como qualquer eletrônico, apresentam um ciclo de vida e estão sujeitas a problemas ao longo do tempo. Embora possam falhar de forma abrupta, é possível perceber algumas características que indicam a falha.

  • Travamentos na imagem: sintoma que se manifesta por meio de travadas e engasgadas na imagem (algo que você pode encontrar em inglês como “stuttering”). É importante considerar que essa característica isolada pode não estar relacionado à placa, já que problemas de disco rígido, memória RAM e até malwares podem estar por traz de episódios do tipo;
  • Artefatos: cores ou traços estranhos surgem aleatoriamente na tela durante o uso. Esse tipo de sintoma pode ter relação também com problemas no monitor (ou em cabos flat, sobretudo em notebooks);
  • Ruído excessivo e calor: um sinal de que você precisa dar atenção à placa de vídeo pode estar relacionado a um cooler muito barulhento, girando a altas RPM mesmo durante uma atividade de baixo estresse, como navegar na Internet, e chegando a altas temperaturas. Uma ótima ferramenta para detectar calor e perda de performance por conta da temperatura é o FurMark 3D;
  • Tela azul da morte: tela de erro clássica do Windows, a tela azul é um sintoma grave porque está associada ao colapso do hardware. O defeito vem acompanhado de códigos de erro que podem revelar que o problema tem origem na placa gráfica. Uma tela azul em si pode ser apenas uma ocorrência isolada, mas se você observar o erro com alguma frequência, sua placa pode estar com problemas.

O que causa o problema?

Placas de vídeo estão sujeitas ao desgaste assim como outros eletrônicos. No entanto, em condições normais, você deve ser capaz de usar uma GPU por muitos anos antes que algum problemas apareça. É mais comum que a ventoinha da placa falhe por conta do desgaste mecânico, por exemplo. Embora não exista uma estimativa oficial, alguns computadores funcionam por mais de duas décadas. Além disso, as garantias de três a cinco anos praticadas pelas fabricantes de GPU são bons indicativos de que os produtos devem durar bastante.

O que certamente contribui de forma decisiva para encurtar a vida útil do produto é o calor. As altas temperaturas atuam na estrutura microscópica dos componentes, e uma placa exposta ao calor elevado por muito tempo pode começar a apresentar problemas que têm origem em pequenas deformações físicas, por conta de dilatação e contração. Vale lembrar que mais efeitos são possíveis por conta da temperatura, e podem ser mais fáceis ou não de resolver.

Outro fenômeno que pode dar defeitos é a chamada eletromigração: o desgaste progressivo dos caminhos por onde a energia trafega no interior da GPU. Embora inevitável em qualquer equipamento elétrico, esse processo tende a ser lento, e só é acelerado se a placa fizer overclock (usando aumento de voltagem) com maior frequência.

Efeitos do calor e consertos

O calor é sempre um grande vilão, sobretudo em placas de vídeo submetida a overclocks agressivos e equipadas com soluções de refrigeração ineficientes. Mas as altas temperaturas podem causar uma grande quantid

... ade de danos diferentes. Embora todos sejam graves o suficiente para impedir a sua placa de funcionar, alguns são mais graves do que os outros.

Entre os danos reversíveis que você pode encontrar estão o estouro de capacitores, que um técnico hábil e bem equipado em eletrônica deve ser capaz de trocar. Além disso, fraturas nos pontos de solda do processador gráfico junto à placa também podem ser corrigidos. A técnica para isso é o reballing, que não é muito barato, e depende de equipamentos e treinamento específico.

Em alguns casos, no entanto, o conserto é inviável por conta da dificuldade, ou simplesmente representa um custo muito elevado. Nesse caso, talvez seja mais vantajoso até buscar uma placa de vídeo nova. Em todo caso, há alguns passos que você pode seguir para isolar um problema, ou até mesmo consertá-lo sozinho.

  • Verifique conexões: teste se sua placa está corretamente assentada no slot PCIe. Se sua placa-mãe dispor de outro slot, teste a placa de vídeo nele também. Aproveite e confira se conexões de energia estão corretamente instaladas;
  • Limpeza: Talvez sua placa esteja muito suja. Verifique se não há um grande acumulo de poeira obstruindo saídas e entradas de ar da placa e dificultando o trabalho do sistema de refrigeração;
  • Troque a pasta térmica: processadores gráficos de placas de vídeo também usam pastas térmicas, assim como o seu processador. Se sua placa já tem mais de um ano e você nota que o calor virou um problema, trocar a pasta pode ser uma ótima estratégia para controle de temperatura;
  • Reinstale drivers: pode ser que seu problema não tenha nada relacionado com o hardware, mas com o software. Mesmo que você tenha drivers atualizados, alguma configuração incorreta ou processo de atualização de driver mal sucedido pode explicar o problema. Remova completamente os drivers de vídeo e reinstale;
  • Recorra a especialistas: caso nada disso funcione, é muito provável que o hardware esteja com problema. Um técnico em eletrônica com bons equipamentos deve ser capaz de encontrar o defeito.

Como prevenir problemas e garantir vida útil prolongada

Muitos dos problemas de hardware de uma placa de vídeo têm origem direta no estresse gerado a partir de calor excessivo. Nesse sentido, uma forma interessante de poupar seu equipamento é evitar sobrecarregar a placa para que as altas temperaturas não provoquem danos.

Isso não quer dizer que você está proibido de jogar ou mesmo de fazer overclock. Mas vale a pena ter um olhar crítico a respeito de seu perfil de uso, além de atentar às especificações e limites físicos definidos pela fabricante. Caso sua placa de vídeo tenha uma GPU que não pode passar de 90º Celsius, não é uma boa ideia aplicar um overclock que a faça operar a 89° por muitas horas, por exemplo.

Procure se informar sobre o que sua placa permite, quais os limites e utilize ferramentas como o GPU-Z e MSI Afterburner para monitorar o comportamento do componente. Realize limpezas sazonais e, se for trocar de pasta térmica, procure usar compostos de boa qualidade.

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