Super Smash Bros. Ultimate é a versão para Nintendo Switch do clássico jogo de luta da empresa. O game reúne os principais personagens que já apareceram em títulos nos consoles da Big N para lutarem entre si. Desta vez, todos os personagens já vistos nas versões anteriores estão de volta e mais de 74 lutadores estão disponíveis para jogar. Além disso, há conteúdos inéditos, como o modo história reformulado e a mecânica dos Espíritos. Mas será que essas novidades fazem jus ao sucesso que é a franquia Smash Bros.? Confira tudo sobre o game no review:

Onde tudo começou

Smash Bros. é um clássico desde que nasceu no Nintendo 64. Mesmo com um catálogo de lutadores limitado à época, era muito divertido competir com amigos usando o Mario, por exemplo. Hoje, quase 20 anos depois, mais de 60 personagens estão disponíveis para se divertir em diversos modos diferentes, como no novo modo história, chamado World of Light; no consagrado modo Smash e no divertido modo Clássico.

Super Smash Bros. Ultimate (Foto: Divulgação/Nintendo)

Desta vez a inovação veio com a mecânica dos Espíritos. Eles são representados por outros personagens e servem como ajudantes para o lutador principal. Os Espíritos não aparecem na batalha, mas garantem bônus diferentes que dependem do atributo de cada um. Esse atributo funciona como um sistema de “Pedra, Papel e Tesoura”, em que sempre existirá um tipo mais forte que o outro.

Conseguir todos os lutadores é só o começo

A tarefa principal em Smash Bros. não somente zerar o modo história. Desbloquear todos os lutadores o mais rápido possível é o principal objetivos do game. Afinal, do que adianta ter um jogo de luta sem personagens? E, dessa vez, este é realmente um desafio, já que somente oito estão disponíveis desde o início. Mario, Donkey Kong, Link, Samus, Yoshi, Kirby, Fox e Pikachu são os iniciais e serão usados para liberar os próximos.

Desbloquear novos personagens é só o começo de tudo (Foto: Reprodução/Murilo Tunholi)

Cada lutador tem uma singularidade que o torna diferente dos demais. Até mesmo os Echo Fighters - que são versões alternativas, mas com jogabilidade semelhante - têm um motivo para serem usados em vez dos originais. Por exemplo, por mais que a Lucina seja cópia do Marth, da franquia Fire Emblem, no quesito gameplay, alguns números de dano mudam drasticamente dependendo do golpe.

Para desbloqueá-los é preciso vencê-los em encontros que podem acontecer depois de uma outra luta. Essa tarefa pode não ser tão simples quanto parece para jogadores iniciantes e alguns leitores desta review devem achar estranho falar algo assim. Smash é considerado um jogo mais simples por não pedir combinações de comandos como em Street Fighter ou outros games do gênero, mas as lutas contra o “computador” não são convidativas para o público que está começando a jogar agora. Isso se deve porque só é possível escolher um nível de desafio mais baixo para batalhas normais. Os encontros para liberar alguém têm dificuldade própria, o que pode frustrar aqueles que ainda não dominam os comandos.

A aventura de Kirby em World of Light

Há diferentes formas de liberar todo mundo, como o World of Light, o novo modo história que usa os Espíritos da melhor forma possível. Nele, você começa apenas com Kirby. A bolinha rosa é a única sobrevivente após o ataque de Galeem, que engole todo o mundo da Nintendo em uma luz misteriosa. Os outros pe

... rsonagens são capturados e servem como base para a criação de clones que, logo depois, são fundidos com os Espíritos. Kirby deve enfrentar os fantoches possuídos e libertá-los do controle mental. Se for bem sucedido, o lutador ficará disponível. O ponto negativo é que, mesmo tendo os 74 disponíveis no “Smash”, se não encontrar nenhum em World of Light, apenas Kirby poderá ser usado.

O World of Light é um respiro para a franquia, mas ainda não é perfeito. Os confrontos são espalhados pelo mapa e é preciso limpá-los um a um para chegar no chefe final. Cada adversário tem um poder de luta referente ao Espírito que o está possuindo e, para enfrentá-lo com facilidade, é preciso equipar algo com o atributo oposto ao do oponente, e com o poder maior que o dele.

Kirby precisa salvar todos em World of Light (Foto: Reprodução/Murilo Tunholi)

O problema começa quando, no final das lutas, você sempre vai ganhar um Espírito diferente, e muitas vezes ele será melhor do que o utilizado. Ao equipar o novo, você não mantém o poder de luta do anterior, tendo que o aprimorar desde o início. A solução é montar uma combinação certa desde cedo, ou ficar repetindo encontros para evoluir toda a coleção de Espíritos.

A forma como a Nintendo aplicou essa nova mecânica nos confrontos é genial. Todos as batalhas refletem exatamente a característica do Espírito que o adversário tem equipado. Por exemplo, se o Espírito for de um personagem que é um curandeiro no jogo original, o lutador recuperará vida com o tempo graças a isso. Outros oferecem curiosidades e “easter eggs” que os fãs da empresa vão perceber logo de cara. Minha única crítica é que, em alguns casos, me estressei bastante com lutas em que o adversário ficava correndo de mim. Às vezes o jogo tenta ter uma dificuldade que, na verdade, só irrita em vez de criar um desafio.

Modo Clássico é mais que um jogo de luta

Outra opção bastante divertida é o modo Clássico. Nele, cada personagem tem uma rota específica que depende da personalidade e jogo de origem de cada um. No caso de Ryu, as lutas deixam de ter como objetivo principal jogar o oponente para fora da arena e se tornam uma disputa com pontos de vida, como em Street Fighter. Pikachu enfrenta apenas Pokémon e Marth luta contra “dragões”, como Charizard, Bowser e o temido Rathalos.

Modo Clássico tem lutas temáticas de acordo com o lutador (Foto: Reprodução/Murilo Tunholi)

O ritmo do modo Clássico é ótimo. Entre os confrontos há até uma fase de plataformas para acumular pontos enquanto foge de um buraco negro. Durante os créditos, você toma posse uma nave e precisa explodir os nomes de todos que trabalharam na produção do game para conseguir bônus no final. Se você acha que Super Smash Bros. Ultimate é só mais um jogo de luta como qualquer outro, está completamente enganado.

O que eu sinto falta em todos os títulos da franquia é alguma forma de liberar todos os personagens por um tempo limitado. Se você acabou de comprar o jogo e quer jogar contra amigos com seu personagem favorito, é melhor se preparar para perder um bom tempo, até porque a ordem de desbloqueios é totalmente aleatória.

Gráficos tão bonitos quanto a trilha sonora

Os gráficos do jogo impressionam para um consoles que na verdade é um portátil. O game se mantém a 60 quadros por segundo, mesmo fora da televisão e os efeitos são bem mais elaborados que a versão para Nintendo Wii U. O detalhamento dos cenários mostra que houve preocupação e cuidado em criar cada ambiente. A qualidade não diminui entre gráficos realistas e cartunescos. Cada personagem é desenhado no próprio estilo, preservando a imagem original. Até o momento, este é um dos títulos mais bonitos do Nintendo Switch.

Gráficos são muito bem trabalhados (Foto: Reprodução/Murilo Tunholi)

Outro ponto em que a Nintendo se supera a cada versão é a trilha sonora. As músicas são muito bem feitas e com certeza trazem as melhores memórias para quem as conhece dos jogos de origem. Desta vez é possível usar o Nintendo Switch para ouvi-las em qualquer lugar. O aparelho fica bloqueado, mas pode tocar os temas em segundo plano.

Conclusão

Super Smash Bros. Ultimate é, com certeza, a versão definitiva que todo apaixonado pela franquia é obrigado a ter. Posso dizer que este é um game que justifica até mesmo a compra de um Nintendo Switch. Dá para se divertir sozinho e com amigos da mesma forma, é só ter um pouco mais de paciência em alguns casos. O jogo vai continuar recebendo personagens via DLC por um bom tempo, então vai demorar para que ele se torne obsoleto. Seja você um jogador casual procurando diversão ou se deseja se tornar um profissional, Smash Bros é o jogo perfeito para ambos os casos.

 


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