Os brasileiros da Sharks lutaram, mas não conseguiram avançar. Enfrentando os atuais campeões do Major, Cloud9, a equipe luso brasileira perdeu a melhor de três (MD3) por 2 a 1 e deu adeus à ESL Pro League Season 7 de Counter-Strike: Global Offensive. Apesar de um início empolgante e tenso no primeiro mapa, o time norte-americano impôs sua superioridade tática para cima dos brasileiros e garantiu uma vitória importantíssima, mantendo-se vivo na competição.

Cache: Sharks 22 x 20 Cloud9

A partida no mapa Cache foi de longe a mais equilibrada, mas já demonstrava alguns dos problemas da Sharks. Os jogadores brasileiros começaram a perder rounds em sequência na troca pro lado CT, mas optavam por fazer rounds forçados ao invés de econômicos - e, ao não ter sucesso, a equipe ficava debilitada financeiramente e era obrigada a entregar rounds para guardar armamento, sem, contudo, ter dinheiro o bastante para comprar no round seguinte. No entanto, o round 27 foi crucial para a retomada da Sharks: jnt garantiu quatro kills no bombsite B da Cache, melhorando a situação financeira e levantando a moral da equipe.

A Sharks venceu o mapa da Cache por 22 a 20 (Foto: Divulgação/Sharks)

Mas o equilibrio na partida se manteve, e a partida teve duas prorrogações. Apesar de pequenos deslizes de comunicação que comprometeram alguns rounds - principalmente acerca do posicionamento dos jogadores da Cloud9 - os jogadores da Sharks demonstraram a habilidade como diferencial. Literalmente todos os atletas brasileiros foram colocados em situações de clutch e tiveram que

... manter a frieza para vencer: com direito a no-scope e rush de P90, os tubarões conseguiram a vitória de maneira absolutamente tensa.

Mirage: Sharks 10 x 16 Cloud9

Na Mirage, mapa de escolha da Cloud9, a vantagem inicial acabou sendo da Sharks. Mesmo após perder o pistol round, os brasileiros alcançaram cinco vitórias seguidas no seu lado TR, e davam indícios de que poderia surpreender e quem sabe até sair vitoriosa. Mas no fim, a confiança da Cloud9 e sua superioridade em posicionamento acabaram se sobressaindo. Jogando da forma segura e apenas esperando os jogadores adversários se exporem, os norte-americanos se recuperaram sem maiores dificuldades e fecharam a primeira metade com 10 a 5.

A Cloud9 segue viva na ESL Pro League (Foto: Divulgação/ESL)

A mudança de lado acabou não fazendo muita diferença no princípio. Vencendo novamente o pistol round e também os dois rounds subsequentes, a Cloud9 vinha com bastante segurança. No entanto, o round 21 foi importantíssimo para a recuperação da Sharks: estando na desvantagem por 14 a 6, os brasileiros optaram pelo forçado contra o armado completo da C9, conseguindo vencer e, a partir daí, criar a bola de neve até alcançar o 14 a 11. Mas a superioridade tática da Cloud9 foi o diferencial, e em dois rounds excepcionais - incluindo o último round, onde venceram um duelo de 4 x 2 - os norte-americanos garantiram a vitória por 16 a 11 e o empate da série.

Inferno: Sharks 1 x 16 Cloud9

Já no mapa Inferno, o domínio da Cloud9 foi completo. Vencendo rounds não apenas com belas rotações, tomando os bombsites com extrema facilidade, mas também com tiros certeiros nos momentos necessários, os americanos não deram chances aos brasileiros. Em praticamente todos os rounds a Sharks perdia jogadores logo no ínicio, se arriscando demais na hora de abrir pixels e com um posicionamento vacilante - com direito a “lambida” da faca de tarik em cima de jnt no round 12. Somou-se a isso o excesso de rounds forçados e o que se viu foi um passeio da Cloud9, que venceu por 16 x 1.

Com o resultado, a Sharks Esports foi eliminada da ESL Pro League. Contudo, as esperanças brasileiras de título permanecem: os atuais campeões da SK Gaming venceram a Nynjas in Pyjamas e continuam vivos na disputa, e enfrentarão a Astralis na sua próxima partida.



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