O Instagram é a rede social mais propensa a provocar ansiedade, depressão, má qualidade de sono e insatisfação com o próprio corpo nos jovens. A informação vem de um estudo que teve foco em entender de que forma e em que medida as redes sociais estão afetando a mente dos jovens — maioria dos usuários em todas as plataformas. Para isso, as redes sociais analisadas foram as mais populares: YouTube, Twitter, Facebook, Snapchat e Instagram.

A ansiedade e a depressão em jovens, segundo o relatório da pesquisa, ganharam uma incidência 70% maior nos últimos 25 anos. As redes sociais estariam atuando no sentido de agravar esse quadro, sendo um combustível para alimentar expectativas irreais e aumentar sentimentos como o de inadequação. "Ver amigos em constante "curtição", de férias, em festas e eventos faz com que os jovens sintam que estão perdendo a vida, enquanto outros a apreciam. Esse sentimento costuma promover comparações e consequente desespero", diz o relatório.

Novidade no Instagram deixa você colocar máscaras tipo as do Snapchat (Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo)

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Viciados em redes sociais

O relatório lembra que essas plataformas têm caráter mais viciante que drogas lícitas como cigarro e álcool, e também estão relacionadas a má qualidade de sono, ciberbulling e uma nova síndrome chamada de FoMO (Fear of Missing Out, ou medo de estar perdendo algo, em português) entre os jovens mai

... s conectados.

''Eu preciso manter meu celular sempre carregado, caso contrário posso perder algo no Facebook e começo a roer minhas unhas'', afirma um participante da pesquisa, na faixa ente 17 e 19 anos, que ilustra os efeitos provocados pela FoMO.

Pessoas perfeitas

Outro problema se apresenta como a dificuldade de aceitação corporal: hoje, nove de cada 10 meninas estão insatisfeitas com seu corpo. Dentre as redes sociais destacadas, o Instagram foi apontado como maior responsável por isso, devido à inúmera quantidade de fotos editadas e irreais de corpos com ''padrões perfeitos''.

''O Instagram faz meninas e mulheres sentirem que seus corpos não são bons o suficiente, porque as pessoas colocam filtros e editam as suas fotos para parecem perfeitas'', diz outra participante da pesquisa, na faixa de 20 a 24 anos.

Novidade na aba explorer deixa você pesquisar Stories por localização (Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo)

A pesquisa apresentou 14 itens relacionados a saúde mental e bem estar, como suporte emocional, solidão, ansiedade, identidade, aceitação corporal e mais. Em cada um deles o usuário precisava dar uma nota entre -2 e +2, sendo -2 o mais nocivo, e +2 o mais positivo. A soma dos resultados apresentou que a rede mais nociva aos usuários é o Instagram, em segundo lugar o Snapchat, seguido do Facebook, Twitter e, por último, o YouTube — único que apresentou saldo positivo.

Instagram é a rede social mais nociva à saúde mental dos jovens (Foto: Reprodução/RSPH)

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O estudo, que recebeu nome de #StatusOfMind (Status da Mente, em tradução para o português), foi realizado com 1.500 jovens de 14 a 24 anos do Reino Unido. A pesquisa foi desenvolvida pelo Royal Society for Public Health (RSPH) no ano de 2017. Embora o recorte seja de um país da Europa, os resultados, possivelmente, são similares no resto do mundo, já que os conteúdos publicados se parecem.

O RSPH agora pede que algumas medidas sejam tomadas para amenizar dados: que as redes sociais apresentem quando uma foto foi muito manipulada digitalmente; avisos de pop-up quando o jovem está usando demais as redes sociais; além de plataformas de apoio que identifiquem que o jovem possa estar tendo problemas mentais e ofereçam a ajuda necessária para evitar sofrimento.

Via RSPH e PetaPixel



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