Street Fighter 2 é um jogo de luta que foi lançado em fevereiro de 1991 e, este mês, está completando 30 anos. Além de ser um dos maiores sucessos da história dos fliperamas, o clássico da Capcom bateu recorde de vendas no Super Nintendo e criou tendências que são seguidas até hoje. Muitos games foram influenciados pelo “pai dos jogos de luta”, que ficou famoso por causa de suas batalhas cheias de combos e golpes especiais.

O título, que marcou a infância de muitas pessoas, foi relançado várias vezes e ainda é popular entre os fãs. Por isso, o TechTudo produziu uma lista com dez curiosidades sobre o Street Fighter 2 a seguir.

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1. Sistema de combos

SFII criou muitas tendências que são seguidas até hoje. Uma das principais é o sistema de combos, que surgiu por causa de um erro em Street Fighter II - The World Warrior (1991). O problema fazia com que alguns golpes pudessem ser realizados em sequência, sem deixar o adversário se defender. Essa ideia foi aperfeiçoada nas outras versões do jogo e acabou se tornando uma marca dos games de luta como um todo.

2. Nome verdadeiro dos golpes especiais

No jogo da Capcom, todos os personagens possuem golpes especiais. Eles até falam o nome dos ataques durante as partidas – mas, como a qualidade das vozes é baixa, os brasileiros acabaram criando apelidos engraçados para várias técnicas. A cabeçada “Super Zutsuki”, do japonês E. Honda, ficou conhecida como “cuscuz” por aqui, por exemplo.

O poderoso "Spinning Piledriver", de Zangief, foi batizado de "pilão"; e o Flash Kick, do capitão Guile, era chamado de "facão" ou “gilete”. Um dos golpes que mais sofreu com a interpretação brasileira foi o “Tatsumaki Senpukyaku”, de Ryu e Ken, que acabou virando “ataque das corujas” (ou simplesmente “tec tec tugui”).

3. Da rodoviária para o mundo

SF II foi uma febre tão grande, que os fãs encontraram formas de quebrar o código do jogo e fazer modificações. Nas versões não-oficiais, dá para encher a tela de golpes especiais e até trocar de personagem no meio da luta. Conhecidos por aqui como Street Fighter "de rodoviária", esses jogos modificados tinham velocidade aumentada e fizeram a Capcom dar ainda mais atenção para o lançamento de versões atualizadas.

4. Versões melhoradas

Street Fighter II foi relançado várias vezes ao longo dos anos. Uma das primeiras foi SFII Turbo - Hyper Fighting (1992), que serviu de resposta para as modificações não-oficiais e aumentou a velocidade dos personagens. Em seguida, Super SFII (1993) introduziu quatro personagens inéditos: Cammy, Dee Jay, Fei Long e T. Hawk.

A edição definitiva do jogo de fliperama foi Super SFII Turbo (1994), que aumentou a velocidade da versão anterior e introduziu os Super Combos. Esse novo tipo de golpe especial só pode ser usado quando a barra da parte de baixo da tela está cheia. Também foi a primeira vez que os jogadores puderam controlar o chefe secreto Akuma.

5. Live-action com Van Damme

Inspirado pela popularidade do jogo de fliperama, o filme Street Fighter - A Última Batalha (1994) foi uma das primeiras adaptações de games para o cinema. O longa contou com a participação de grandes estrelas de Hollywood, como Jean-Claude Van Damme (Guile) e Raul Julia (M. Bison). No entanto, ele foi muito criticado por ser pouco fiel aos jogos.

6. Jogando no sofá

Depois de se tornar um sucesso nos fliperamas, não demorou para que SFII chegasse aos consoles caseiros. Street Fi

... ghter II, de Super Nintendo, foi lançado em 1992 e se tornou um dos cartuchos mais vendidos do sistema. O título também foi adaptado para outros videogames da época, como Mega Drive e Gameboy.

Várias versões do clássico também foram lançadas fora dos fliperamas por meio de coletâneas, como a Street Fighter 30th Anniversary Edition (2018). O conjunto está disponível para PC, PlayStation 4 (PS4), Xbox One e Nintendo Switch. Além de incluir quatro das versões mais conhecidas de SFII, esse pacote reúne vários outros jogos de luta da franquia.

7. Versão de Master System

O jogo de luta foi portado até para o Master System. A versão que chegou ao console de 8 bits foi feita pela empresa brasileira Tectoy – que começou a programar sem o apoio da Sega, mas conseguiu a aprovação da Capcom e lançou o jogo em 1997. O projeto sofreu com as limitações do videogame antigo, mas conseguiu manter o charme de Street Fighter II.

8. Primeira aparição de Akuma

Na primeira versão americana de SFII, um erro de tradução acabou se transformando em uma das lendas mais famosas dos games. Ao vencer com Ryu, aparecia na tela: "você deve derrotar Sheng Long para ter uma chance”. Uma revista da época aproveitou para criar uma pegadinha, anunciando que o tal “Sheng Long” era o mestre do lutador japonês.

Na verdade, “Sheng Long” era apenas o golpe especial “Shoryuken” escrito errado, mas o rumor acabou inspirando a criação do personagem Akuma – que apareceu pela primeira vez em Super SF II Turbo. Para lutar contra o chefe secreto, o jogador deve chegar ao final do jogo sem perder nenhuma partida e alcançar uma pontuação alta.

9. Nomes dos chefes trocados

Para evitar processos judiciais, o nome dos chefes de SFII são diferentes ao redor do mundo. A Capcom trocou o nome dos lutadores quando o jogo foi lançado no ocidente, já que o personagem M. Bison (o boxeador) foi inspirado no atleta Mike Tyson. Assim, fora do Japão, Balrog (o espanhol que usa máscara) virou Vega; e Vega (o ditador) virou M. Bison.

10. Lutador do Brasil

Blanka é um dos personagens brasileiros mais famosos do mundo dos games. O monstro verde apareceu pela primeira vez em SFII - The World Warrior (1991) e se tornou um dos lutadores mais populares da franquia. Apesar de não ter nascido no Brasil, ele ganhou seus poderes elétricos depois de sofrer um acidente de avião e cair nas florestas do país.

Em Street Fighter II, ele participa do campeonato de M. Bison para testar suas habilidades e representar a vila de pescadores onde mora. Durante as lutas do torneio, que estavam sendo transmitidas pela televisão, ele acaba sendo encontrado por sua mãe – que o reconhece por causa de uma tornozeleira e vai viver com ele no Brasil.

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