Animal Crossing: New Horizons é o novo jogo aguardado da franquia para o Nintendo Switch. Disponível em março de 2020, o game marca o retorno da série com um título oficial, após um hiato de aproximadamente sete anos, desde o lançamento de Animal Crossing: New Leaf, para Nintendo 3DS. Para os amantes da popular franquia, as notícias são boas: a Nintendo entrega tudo aquilo que se esperava de um jogo da saga.

Ele oferece um visual maravilhoso, trilha sonora relaxante, história com boas pitadas de humor e, principalmente, uma alternativa à cultura de adrenalina e desafios constantes que games no geral trazem. No review a seguir, veja os prós e contras de Animal Crossing: New Horizons.

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História

Tudo se inicia no balcão de um aeroporto, onde os guaxinins Timmy e Tommy fazem uma série de perguntas sobre a sua ida a uma ilha deserta. Ambos são auxiliares de Tom Nook, uma espécie de presidente e dono do território para o qual você está se mudando.

É nesse momento que você faz suas escolhas básicas, como nome, características físicas do personagem e data de aniversário. Um detalhe interessante é a opção de escolha do hemisfério onde a ilha estará localizada. É um cuidado interessante, pois as estações do ano no jogo estão em sintonia com o mundo real.

Uma vez feita toda a logística de mudança para a nova ilha com outros dois moradores (que são aleatórios para cada jogador), é hora de iniciar sua jornada rumo ao desenvolvimento da comunidade. O seu papel é trazer mais recursos e infraestrutura para torná-la o mais confortável e agradável a todos os moradores. Assim se inicia Animal Crossing: New Horizons.

Bom humor é um dos pilares

Quem já conhece outros títulos da franquia sabe que a história de Animal Crossing: New Horizons não é lá tão profunda. Não espere dilemas morais, grandes conflitos entre personagens ou questões psicológicas complexas. A maior virtude da história está na simplicidade e no bom humor com que tudo é tratado – coisas que o jogo faz muito bem.

Desde o princípio, Animal Crossing: New Horizons é muito direto ao relatar que se trata de um jogo sobre o desenvolvimento de uma pequena colônia de habitantes. Por isso, a maioria dos diálogos gira em torno do crescimento e da chegada de novos moradores. Tom Nook, por exemplo, conversa sobre formas de crescimento da ilha a todo o momento, assim como os habitantes, que não se cansam em falar sobre como estão aproveitando os recursos que a ilha oferece.

Animal Crossing: New Horizons traz bom humor em situações que, apesar de repetidas, são apresentadas sob óticas originais ao jogador. Um bom exemplo está na captura de insetos, peixes e afins.

O jogo foge da tradicional frase padrão "você capturou um novo inseto!" e faz questão de entregar um trocadilho com cada espécie diferente que você captura. No fim, são esses pequenos detalhes que demonstram todo o carinho empenhado pelos desenvolvedores na redação da história de Animal Crossing: New Horizons.

Nada é muito urgente, fique tranquilo

Animal Crossing: New Horizons definitivamente é um jogo em que você não possui senso de urgência ao realizar o desenvolvimento da ilha. Há uma série de mecânicas que poderiam estar presentes, como um sistema de relógio próprio, administração de energia do personagem ou necessidade de controle de suas colheitas. Entretanto, o jogo fecha os olhos a tudo isso para que você possa evoluir no seu próprio tempo, de acordo com as vontades e prioridades.

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Em outras palavras, Animal Crossing: New Horizons não exige tanta

... organização de tempo e recursos, ao contrário de outros games do gênero. Você pode levar minutos, horas ou dias para realizar uma tarefa. Se quiser, pode passar o dia inteiro decorando a sua casa, construindo novos móveis e plantando o seu jardim – e está tudo bem.

Na prática, você não precisa se afobar e planejar em um bloquinho de notas tudo que precisa fazer um dia do jogo para maximizar seus rendimentos (como no sucesso Stardew Valley). Em Animal Crossing: New Horizons, a lógica é outra: eles te dão uma missão e você leva quanto tempo desejar para realizá-la, sem pressa alguma.

Esse é o principal ponto que torna Animal Crossing popularmente conhecido por sua essência relaxante. A trilha sonora, a escolha de cores, os personagens e os ambientes amigáveis são peças fundamentais para essa imagem, é claro. Mas é o nível de exigência do game que faz com que qualquer jogador consiga evoluir naturalmente em seu próprio tempo.

Orgulho no desenvolvimento da ilha

Como é de se esperar, sua jornada na ilha deserta de Tom Nook se inicia com recursos escassos. Sua primeira casa – assim como a de outros moradores – é uma simples barraca, com poucos móveis e objetos. Suas primeiras ferramentas são frágeis e, após alguns usos, se tornam inutilizáveis. Na medida em que a infraestrutura se torna mais refinada, é praticamente impossível não se empolgar e sentir uma pitada de orgulho ao ver todo o desenvolvimento da ilha.

Fazer as quests que o jogo traz são peças fundamentais para trazer um senso de zelo à comunidade que você está ajudando a construir. As quests incluem auxiliar na fundação de um museu na ilha, captar recursos para a construção da sua casa e a de outros moradores, além de juntar materiais para a abertura de uma loja especializada, por exemplo.

Visitar e receber amigos também é uma ação interessante e muito bem-vinda em Animal Crossing: New Horizons. Cada ilha possui suas particularidades, como flores, frutas, moradores e até mesmo itens disponíveis nas lojas. Isso não só traz um valor singular para cada ilha, como também estimula que você visite outros locais para ver o desenvolvimento dos seus amigos.

Sistema de recompensas na medida

No geral, as quests de Animal Crossing: New Horizons não são lá tão inovadoras. Assim como em outros jogos com sistemas de crafting, você recebe uma missão e tem que captar recursos espalhados pela ilha para completá-la. Até aí, não há grandes novidades ou dificuldades.

Assim como outros jogos da franquia, Animal Crossing: New Horizons segue o relógio do mundo real. Esse é um fator interessante pois os recursos são repostos de acordo com os horários da sua realidade. Caso as frutas, madeiras e outros materiais se esgotem, você deve aguardar no mínimo até o dia seguinte ou visitar outras ilhas para angariar matéria-prima. Isso não é um problema, e acaba sendo um ponto fundamental para você explorar outras vertentes do jogo.

Outro aspecto que estimula o conhecimento amplo do game é o sistema de recompensas. Basicamente, o jogo conta com dois tipos de recursos: as Bells – moedas convencionais – e os Nook Miles, que são um sistema de achievements dentro do jogo.

Plante algumas árvores para ganhar alguns pontos. Capture quantos peixes puder e você ganhará ainda mais pontos. Esses Nook Miles, por consequência, são utilizados para a compra de itens e recursos específicos dentro do game que não são vendidos pelas moedas convencionais.

Dentro dessa lógica, Animal Crossing: New Horizons é bem generoso ao oferecer conquistas. Praticamente qualquer nova ação rende alguns Nook Miles, o que, na prática, encoraja o jogador a testar novas experiências dentro das mecânicas do jogo na esperança de conquistar mais pontos.

Conclusão

Animal Crossing: New Horizons é, sem dúvidas, um jogo para indicado para uma diversidade de perfis de jogadores. Diversos games trabalham com a ideia do sucesso e fracasso a partir de algumas mecânicas estabelecidas. Isso é comum e característico da cultura de videogames no geral. Animal Crossing New Horizons é contrário a tudo isso: ele respeita o tempo de aprendizado e desenvolvimento de qualquer um que se arrisque a construir sua própria ilha.

É claro que ele traz tudo aquilo que um bom título pode oferecer, como visual refinado, uma bela trilha sonora ou mecânicas interessantes. No entanto, são nos fundamentos que Animal Crossing: New Horizons se destaca como um jogo democrático e, principalmente, muito divertido para diferentes tipos de pessoas.

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