Aparentemente, a Huawei está prestes a meter em prática um ‘plano secreto’, para conseguir dar a volta às sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Como deve saber, o nome da Gigante Chinesa está na lista negra dos Estados Unidos desde Maio, o que a impede de manter uma relação negocial saudável com vários fornecedores de hardware e software Norte Americanos.

No entanto, há muito tempo que a Huawei andava a trocar de fornecedores, quase como estivesse a adivinhar que se iria ver no meio de um autêntico furacão. Ou seja, nos últimos tempos, a mensagem da fabricante de smartphones para os seus parceiros Asiáticos foi…

  • Aumentem a vossa produção, que nós compramos o produto“.

Aliás, um dos novos fornecedores da Huawei já veio comentar a situação, dizendo que a empresa se está a preparar para uma autêntica guerra, com o seu staff nas linhas de produção 7 dias por semana, para garantir que o produto está ao nível desejado. (Isto acontece especialmente nos fornecedores de chips)

A Huawei quer que os seus parceiros Asiáticos sejam capazes de fornecer pelo menos 80% da totalidade dos materiais, até 2021. Uma clara aposta da empresa, mas também um sinal daquilo que as empresas Americanas vão perder.

A Huawei gasta mais de 70 mil milhões de dólares todos os anos, em componentes… E claro está, 12 mil milhões foram gastos apenas nos Estados Unidos!

Escusado será dizer, que com a perda de 12 mil milhões, muita coisa vai mudar a nível global. Especialmente nos orçamentos de desenvolvimento e investimentos de produção.

Não é por acaso que a Intel, Qualcomm, Google e Microsoft andaram a ter reuniões com Donald Trump, para pelo menos ‘relaxar’ as restrições! Foi tudo para não perder competitividade com o mercado Asiático.

A Huawei vai ter o seu primeiro grande lançamento com a proibição imposta já na próxima semana, com o Mate 30 Pro… Qual é a tática de ataque da empresa?

Dentro de alguns dias, a Huawei vai lançar o seu primeiro smartphone sob as restrições dos Estados Unidos. No entanto, não é ainda claro como é que a empresa irá dar a volta aos assunto ‘Serviços/Aplicações Google’.

Vários ‘leaks’ e rumores apontam para que seja possível instalar tudo através da própria aplicação da Huawei. Enquanto outros afirmam que a Huawei vai fazer tal e qual como a Meizu, oferecendo um simples link para instalar o ‘GAPPS’ (Aplicações e serviços Google).



Ou seja, o Mate 30 Pro vai ser um smartphone completamente normal, com acesso total a tudo o que é Google.

Portanto, se a Huawei conseguir realmente dar a volta à proibição, poderá ganhar tempo suficiente para desenvolver o seu HarmonyOS que curiosamente até já foi lançado no mercado. (Apesar de ainda não estar pronto para o mundo dos smartphones, certamente que existe uma gigantesca equipa a pensar apenas e só nisso.)

Apesar das dificuldades, a Huawei está a fazer investimento avultados para construir o seu próprio ecossistema! Será que vamos ter aqui uma nova Apple?

Assim, apesar da Huawei afirmar que quer continuar a usar o sistema operativo Google Android. A gigante Chinesa já percebeu que até pode ser bastante positivo para si e para o mercado, lançar uma alternativa ao Android e iOS.

Para a Google, tudo iria mudar!

Não é grande novidade, que os grandes cavalos da Google na corrida Android vs iOS, são a Samsung e a Huawei. Especialmente a Huawei que teve um crescimento incrível nos últimos anos.

Mas se os próximos Mate e P chegarem ao mercado sem Android… O que acontece à Google? Fica a apostar exclusivamente na Samsung? É fácil dizer que as coisas vão mudar muito para a gigante da pesquisa, visto que a responsável pelo Galaxy S10 e Note 10 irá ser a maior responsável pela disseminação da versão 100% licenciada do SO.

Em suma, no mundo Android, várias novas portas se irão abrir… Com muitas alternativas para os muitos fabricantes! E depois dos cadeados partidos, é provável que não exista volta a dar para a Google.

Ou seja, enquanto que a médio-prazo, todo o risco se encontra em cima da Huawei, perdendo poder e influência no mercado que tinha toda a intenção de dominar… O risco a longo prazo está todo em cima dos Estados Unidos.


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