O HDR10+ é um formato de qualidade de imagem, criado pela Samsung e Amazon, para competir com o Dolby Vision, igualando algumas das vantagens técnicas desse padrão. Presente em boa parte das televisões da marca sul-coreana lançada em 2017, o HDR10+ se tornou o padrão de grande alcance dinâmico para smart TVs de outras marcas em 2018. O recurso apareceu em lançamentos da LG, Sony e Philips apresentados na CES 2018.

A seguir, você vai entender as novidades do HDR10+ diante do HDR10 e saber como o novo padrão se compara com o Dolby Vision.

Panasonic FZ950, uma das smart TVs 4K com HDR10+ lançadas na CES 2018 (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)

HDR10, Dolby Vision e HDR10+

Todos esses formatos são versões diferentes da ideia de HDR, com vantagens e desvantagens. A sigla, que significa “High Dynamic Range” (ou “grande alcance dinâmico”, em português), classifica um tipo de tecnologia que permite a reprodução de conteúdo compatível com qualidade muito superior de cor e contraste.

Em imagens digitais, o valor do alcance dinâmico estabelece a diferença de brilho que há entre o ponto mais claro de uma imagem e o mais escuro. Com o HDR, essa medida é expandida para se manter fiel à realidade. Assim, a TV identifica pontos iluminados da tela com maior destaque, sem eliminar as partes mais escuras e em sombra.

Qual é a diferença do HDR10+?

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HDR10+ permite que informações de HDR sejam atualizadas a cada frame de um filme, garantindo maior fidelidade de imagem (Foto: Divulgação/Samsung)

HDR10 e Dolby Vision foram os primeiros padrões aplicados pela indústria, mas, aos poucos, o Dolby Vision se mostrou uma solução melhor do ponto de vista de qualidade de imagem. Uma das razões para isso está no fato de que essa tecnologia pode alternar as características da exibição de um vídeo compatível ao longo da reprodução.

Isso significa que, no Dolby Vision, as informações do grande alcance dinâmico podem variar: uma cena poderia ter efeitos mais pronunciados do que outra, gerando, assim, um material de maior qualidade.

No HDR10, esse tipo de oscilação não ocorre: o padrão dá aos vídeos um conjunto pré-definido de valores, que não mudam em nenhum instante. Essa distinção faz com que cenas escuras, em um filme com imagens cheias de brilho, apareçam escuras demais, diminuindo a riqueza de detalhes. Da mesma forma, uma cena com alto brilho, em um filme muito escuro, teria perda de informações, já que as cores estourariam mais na tela.

Para corrigir isso, a Samsung e a Amazon desenvolveram o HDR10+ como uma revisão dessa omissão. Assim, o novo padrão tem a capacidade de alternar os valores de brilho e intensidade o tempo todo em conteúdos compatíveis com a tecnologia.

HDR10+ vs. Dolby Vision

Ilustração mostra diferenças entre a televisão convecional e com HDR10+ (Foto: Divulgação/Samsung)

Mesmo com a revisão aplicada pela Samsung, o padrão aberto ainda perde para o Dolby Vision em dois aspectos: o primeiro é a capacidade de profundidade de cor de 10 bits contra 12 bits do Dolby. Outro ponto está no fato de que o rival pode atingir brilho de 10 mil nits. Ambos os recursos só devem aparecer em TVs nos próximos anos. Assim, já podemos antecipar a chegada de um “HDR10++”, quando telas com essas especificações se tornarem viáveis comercialmente.

Por que então o HDR10+ e não o Dolby Vision?

O Dolby Vision é cheio de vantagens técnicas pensadas para TVs do futuro, com telas capazes de oferecer alta intensidade de brilho (daí os 10 mil nits) e profundidade de cor na casa dos 12 bits. Então, por que ele não é tão disseminado quanto o HDR10 e HDR10+?

A razão é simples: a Dolby cobra licenças para que sua tecnologia seja utilizada em filmes, séries e nos próprios televisores. Já o HDR10, assim como o HDR10+, são padrões livres, que podem ser aplicados em conteúdos e equipamentos de forma gratuita.

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