A Kaspersky Lab, desenvolvedora do NOD32 e de outro antivírus homônimo, realizou uma pesquisa com 16.750 pessoas em vários países sobre o uso de redes sociais e seus impactos. Em grande parte, as pessoas disseram que usam redes sociais, como o Facebook, para se sentirem bem mas, na maioria das vezes, o sentimento obtido é o oposto, de depressão — já que a comparação torna-se inevitável.

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O conceito de redes sociais, ou mídias sociais, como os que produzem conteúdo profissionalmente costumam chamar, é o de ser uma ferramenta que possibilite que as pessoas mantenham contato com amigos e parentes e compartilhem momentos felizes.

Porém, 42% dos entrevistados disseram sentir inveja, tristeza e depressão quando seus amigos recebem mais curtidas que eles ou quando suas vidas aparentam ser mais “felizes” ou mais “divertidas”.

Usuários se sentem frustrados ao ver posts felizes de seus amigos, diz estudo (Foto: Pond5)

A pesquisa revelou que 65% dos usuários acessam seus perfis no Facebook e em outras redes sociais para manterem contato com amigos e colegas. E 60% afirmaram que gostam de ver posts divertidas e curiosas.

Além disso, 61% das pessoas pesquisadas gostam de falar sobre histórias positivas e coisas que as façam sorrir — saindo das polêmicas da Internet. E 43% delas costumam compartilhar tudo o que estão fazendo de interessante em seus momentos de folga ou nas férias.

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Apesar de 72% dos pesquisados terem revelado que acham a publicidade invasiva, a maior fonte de frustração é mesmo as publicações felizes de seus amigos sobre festas, viagens e outras diversões.

Por exemplo, 59% dos entrevistados disseram já ter ficado descontentes com posts de amigos em festas para as quais eles não foram convidados. E 45% das pessoas revelaram que as fotos das férias felizes de seus amigos tiveram um impacto negativo sobre elas. Uma soma de 37% afirmou que ao relembrarem fotos e posts antigas, costumavam pensar que o passado foi mais feliz que o presente.

Parece que estão aproveitando a vida melhor que nós 
Evgeny Chereshnev, Kaspersky

“Nossa relação com as mídias sociais tornou-­se um círculo vicioso. Queremos entrar em nossas redes sociais favoritas para contar a todos os nossos contatos sobre as coisas legais que estamos fazendo; isso traz uma sensação boa. Porém, na realidade, todos estamos fazendo as mesmas coisas. Então, quando acessamos as mídias sociais, somos bombardeados com imagens e posts de nossos amigos se divertindo. E parece que estão aproveitando a vida melhor que nós", explica Evgeny Chereshnev, chefe de mídias sociais da Kaspersky Lab que avaliou e conduziu as recentes pesquisas do grupo. 

"É fácil entender por que isso faz as pessoas se sentirem deprimidas e porque tantas pessoas pensam na possibilidade de abandonar totalmente as redes sociais. A dificuldade é que elas acham que estão presas, pois têm inúmeras recordações preciosas armazenadas nas mídias sociais e não querem perder o acesso a elas”, acredita Chereshnev, que sugere uma saída radical para diminuir o sofrimento. 

Em outras palavras, ao invés de ser uma ferramenta para trazer alegria e felicidade, o Facebook e outras redes sociais estão promovendo mais a inveja, tristeza e depressão entre seus usu

... ários. A Kerspersky sugere uma solução radical, sair completamente das plataformas, excluindo seus perfis em todas.

Tendo isso em mente, a própria Kaspersky criou um software, chamado FFForget , que faz o backup de todos os seus posts nas redes sociais, tais como fotos e publicações. Os dados são armazenados em contêineres de memória criptografados. O software ainda está em desenvolvimento, mas será lançado completo ainda em 2017. Vale lembrar, porém, que os próprios serviços de redes sociais permitem que o usuário salve seus dados. Aqui mesmo no TechTudo já publicamos matérias ensinando a fazer backup do Facebook, do Twitter e do Instagram.




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