Por mais um ano, a conexão da Campus Party 2016 com a internet continua sendo um dos destaques do evento. Depois de quase uma década de parceria com a Telefônica Vivo, desta vez é a Telebras quem provê o acesso de 40 Gb/s para os participantes do evento. Transmissões ao vivo, downloads, jogos multiplayer – são diversas aplicações que os campuseiros utilizam para aproveitar a poderosa conexão.

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No controle disso tudo está Edson Borelli, diretor global de Infraestrutura e Segurança da Futura Networks, empresa dona do evento. Ele recebeu o TechTudo para um passeio pelo "ovni" e contou curiosidades sobre a operação. Também pudemos testar a conexão, que num só PC ultrapassou os 700 Mb/s.

Ovni da CPBR9 (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)

O místico número de 40 Gb/s, por exemplo, enche os olhos, mas é inferior ao registrado em 2015 – no ano passado, a Telefônica forneceu um link de 50 Gb/s.

A conexão chega ao centro de exposições do Anhembi, em São Paulo, por meio de um caminho que comporta dois cabos de fibra ótica. Outro par de fibra chega ao "ovni" fazendo outro caminho, no que se chama na Engenharia de Rede de "redundância".

Computador no ovni da CPBR9 resume situação do tráfego de dados dentro do Anhembi (Foto: Thássius Veloso/TechTudo)

Segundo Marcelo Stella, coordenador da Telebrás, um sistema automatizado detecta se o conjunto principal de equipamentos de rede apresenta problemas e joga para o conjunto secundário. Numa eventual emergência, essa troca levara em torno de cinco segundos.

Até o momento não há registros de incidentes graves envolvendo a conexão da Campus

Num teste conduzido pelo TechTudo com o Velocímetro, a conexão bateu pouco mais que 52 Mb/s de download e 83 Mb/s de download. Alguns serviços de banda larga já oferecem download de 100 Mb/s.

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Ainda assim, os mais de 50 Mb/s registrados durante o evento são quase dez vezes mais do que a velocidade média da banda larga no Brasil: 3,6 Mb/s, segundo um levantamento da empresa de infraestrutura de rede Akamai realizado no terceiro trimestre de 2015.

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Para alcançar velocidades mais poderosas, no entanto, existe um macete: conectar o PC diretamente aos cabos de rede do "ovni" (antes de ser distribuído para o Anhembi inteiro). Borelli fez o teste para o TechTudo e obteve um resultado de dar inveja: mais de 714 Mb/s.

Velocidade de download assustadora em teste num notebook que fica dentro do ovni (Foto: Thássiu
... s Veloso/TechTudo)

O padrão de comportamento para usar a conexão do Campus é curioso. Durante os primeiro dias de evento, o download é maior do que o upload – a proporção é de aproximadamente 60/40. Já nos últimos dois dias, isso se inverte e os campuseiros passam a subir mais arquivos do que baixar. De acordo com Borelli, os participantes do evento aproveitam nuvens como o OneDrive, Google Drive e Dropbox para fazer cópia de seus documentos.

Não há restrições para endereços de internet ou conteúdos acessados na rede de 40 Gb/s. O monitoramento para segurança dos próprios campuseiros é feito também por padrão de comportamento.

O sistema consegue identificar se alguém está hospedando e compartilhando pornografia infantil, por exemplo, ou tentando o procedimento conhecido sniffing – quando um PC é utilizado para detectar o que os demais campuseiros próximos estão acessando e quais mensagens estão mandando via aplicativos como WhatsApp.

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