Aos amigos leitores que sentiram falta de minha coluna nestas duas últimas semanas: desculpem. Uma gripe braba acompanhada de uma infecção na garganta me derrubou e me impediu de cumprir meu compromisso semanal com vocês. Lamento e, mais uma vez, peço desculpas.

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Agora, ao que importa.

Nesta quarta-feira, 26 de agosto, a EMC realizou em São Paulo mais uma edição de seu Fórum. Esta foi a décima segunda edição anual, e nem por isso a edição deste ano deixou de inovar: ao contrário do formato convencional, onde palestras paralelas se realizam cada uma em sua sala, a EMC adotou um formato que, ao que parece, está se tornando padrão em eventos desta natureza: auditório único com palco central no qual podiam ser levadas a cabo até quatro apresentações simultâneas.

Se isto lhe parece que resulta em uma reedição do caos, você se engana: os participantes recebem conjuntos de fones portáteis que podem ser sintonizados nas diferentes palestras e basta escolher a que prefere assistir, descobrir de que lado do palco ela será apresentada, sentar-se na plateia em frente a este lado e sintonizar de acordo. Simples, eficaz e interessante. Com a vantagem adicional de oferecer a todo momento uma visão global do evento aos participantes, estejam no palco ou na plateia.

O tema central do evento foi, naturalmente, o processamento e armazenamento de imensas quantidades de dados. Portanto, as expressões “Big Data”, “Nuvem”, “Convergência” e “Hadoop” eram de uso comum em praticamente todas as apresentações, conversas e comentários.

Ryan Peterson, Doug Cutting, Patricia Florissi e Carlos Cunha na entrevista coletiva (Foto: B. Piropo)

E por falar em “Hadoop”, seu criador Doug Cutting, Arquiteto da Cloudera, estava lá para participar da palestra de abertura (“keynote speech”) e entrevista coletiva. Como o conceito de “Hadoop” para mim sempre foi meio nebuloso (por exemplo: segundo a Wikipedia, “Hadoop é uma plataforma de software em Java de computação distribuída voltada para clusters e processamento de grandes massas de dados”, o que está absolutamente correto mas não me parece a forma mais clara de explicar o conceito), aproveitei a entrevista coletiva para solicitar ao próprio Doug que detalhasse mais o assunto. Pelo que eu pude depreender, a coisa é mais fácil (de entender, naturalmente) do que indica a definição da Wikipedia.

Segundo Doug, Hadoop é uma plataforma que congrega um grande número de máquinas agrupadas em diversos conjuntos, ou “clusters” ligadas a um dispositivo de armazenamento de grande capacidade de processamento. O Hadoop cumpre, então, o papel de um sistema operacional, com seu próprio sistema de arquivos (HDFS, “Hadoop Distributed File System”) e um módulo de processamento (MapReduce) que “parte” os arquivos em pedaços e os distribui para serem processados pelos diversos clusters.

O resultado é um conjunto com imenso poder de processamento e armazenamento formado por um grande número de elementos individuais que funcionam harmoniosamente como uma supermáquina. Esta é uma explicação extremamente simplificada, naturalmente, porém mais fácil de entender que a definição da Wikipedia (ao menos para mim).

Além de Doug Cutting, estavam presentes no evento diversos executivos da EMC, inclusive na entrevista coletiva, incluindo o sempre simpático Presidente da EMC Brasil Carlos Cunha, Ryan Peterson, Senior Director, Technical Marketing da EMC, Karin Breitman, responsável pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da EMC situado no Campus do Fundão da UFRJ e Patricia Florissi, vice-presidente, CTO de Vendas Globais da EMC.

Patricia Florissi na palestra de abertura (Foto: B. Piropo)

Patrícia é um caso especial. Ela integra o seleto grupo de executivos responsáveis pela execução de estratégias de tecnologias necessárias ao ecossistema da EMC. Além disso, atua como contato da EMC e seus clientes e parceiros em busca de alianças, tendo recebido em 2007 o título honorário de “Distinguished Engineer” da empresa. Sua participação na palestra de abertura foi extraordinária. Em um português perfeito, com sotaque nordestino (Patrícia nasceu em Olinda e foi criada galgando suas ladeiras) e uma capacidade de comunicaç

... ão invejável fez uma descrição notável da evolução da tecnologia de TI desde os tempos primitivos dos computadores de grande porte, passando pelas redes de computadores e chegando às portas do futuro pavimentado por Big Data, nuvem e convergência. Só a palestra de Patrícia valeria o evento, mesmo estando ele carregado de palestras de qualidade levadas a termo por diferentes especialistas abordando os temas chave do EMC Fórum.

Não é à toa que a EMC é líder mundial na capacitação de seus clientes e parceiros para transformar suas operações oferecendo a tecnologia de informação na modalidade de “TI como serviço”, usando a computação em nuvem como ferramenta essencial para esta transformação.

Esta última edição do EMC Fórum ofereceu aos participantes mais uma vez o acesso às ferramentas mais atuais para formular estratégias visando reformular seus negócios adaptando-os efetivamente para cumprir as novas exigências do mundo corporativo digital.

E tudo isto em um único dia.

B. Piropo



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