A Intel anunciou sua saída do mercado de modems 5G para smartphones. O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Bob Swan, horas depois que outro negócio surpreendeu o setor: entre a Apple, que tinha seus chips fornecidos exclusivamente pela Intel desde 2018, e a Qualcomm, rival da Intel neste campo. As duas companhias chegaram a um acordo que encerra uma disputa judicial envolvendo royalties e patentes que ocorria desde 2017.

Para Swan, “não há um caminho claro para a lucratividade e retornos positivos" com relação aos modems 5G. Ainda assim, ele afirma que as redes de quinta geração, com possibilidade de internet mais rápida, continuam a ser uma prioridade estratégica em toda a companhia. “Nossa equipe desenvolveu um valioso portfólio de produtos sem fio e propriedade intelectual

Segundo informações do Nikkei Asian Review, a Apple estava receosa de que a Intel não pudesse cumprir seus compromissos em relação às demandas dos próximos anos, motivo este que pode ter facilitado o acordo entre Apple e Qualcomm, já que em junho do ano passado a Intel confirmou ao site japonês que teve um "início tardio" com a 5G. O acordo entre as duas empresas poderá ser conferido no mercado a partir de 2020, quando os novos chips Qualcomm começarão a ser utilizados em aparelhos Apple.

A Intel avalia ainda a possível saída do setor de 4G e 5G relacionado a Internet da Coisas (IOT), PCs e outros dispositivos. Apesar disso, a empresa afirma que manterá seus investimentos em infraestrutura para a tecnologia 5G, assim como seu compromisso com os usuários que possuem modems 4G da empresa. O tema, que faz parte da nova estratégia da Intel, será novamente abordado durante uma apresentação de resultados financeiras marcada para 25 de abril.

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A decisão vai contra o que a própria empresa planejou em 2018, quando anunciou o modem 5G com velocidade de até 6 Giga, que chegaria ao mercado no segundo semestre de 2019.



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