A Way Out é um jogo de ação da Eletronic Arts para Xbox One, PS4 e PC. Nele, você controla uma dupla de criminosos junto a um amigo em uma campanha toda cooperativa. Mas será que a proposta ousada deu resultado? Confira o nosso review completo:

Unidos pelo crime

No game você assume o controle de Leo ou Vicent, dois criminosos que se conhece na prisão, e o destino acaba entrelaçando seus caminhos. Juntos, precisam a todo momento agir de uma forma cooperativa para solucionarem problemas ocasionais, traçarem planos e cumprirem os seus objetivos.

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Confira a análise de A Way Out (Foto: Divulgação/Electronic Arts)

O enredo pode ser um pouco clichê para os acostumados a jogos e filmes que envolvem tramas com fugas de prisão e roubos coletivos. Entretanto, a forma com que a narração é apresentada deixa sempre um ar de curiosidade, já que a toda hora há flashes de diálogo que, aos poucos, revelam a personalidade de cada protagonista e alguns motivos que os fizeram seguir aquele caminho.

Os momentos em que você e seu aliado precisam decidir o que fazer também são interessantes. As deliberações afetam os rumos da história, o que pode te atiçar a refazer as situações e descobrir consequências alternativas.

Cooperativo nostálgico que caiu como uma luva

A proposta principal de A Way Out é ser totalmente cooperativo. Em outras palavras, é impossível virá-lo sozinho. Aqueles que adquirirem o título, podem dar uma versão dele para que um amigo participe da jogatina junto.

A Way Out é um jogo totalmente co-op (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Escolhendo entre Vicent e Leo, os jogadores ficam refém um do outro. Isso acontece desde coisas simples, como auxiliar na subida de um muro, até decisões que alteram diretamente no desenrolar do enredo - como já falamos mais acima.

Para os mais antigos, A Way Out é uma viagem ao passado, onde os videogames limitavam a jogatina com duas ou mais pessoas para o mesmo videogame. As TVs de hoje em dia - cada vez maiores e "mais wides" - fazem com que o processo de dividir a tela não comprometa a jogabilidade.

É possível afirmar que jogar com outra pessoa no mesmo console seja mais divertido do que online. O jogo provoca uma interação a todo momento, decidindo quando será o próximo passo e ajudando o companheiro com a sua tela em determinados casos. Um exemplo é quando é preciso desprender um vaso sanitário dentro de uma cela, enquanto seu aliado precisa vigiar a movimentação dos guardas no corredor.

Jogar A Way Out com os amigos é bem mais divertido do que online (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Dessa forma, A Way Out se destaca usando um elemento que, curiosamente, vem sendo descartado cada vez mais. Que a iniciativa sirva de exemplo. Afinal, não são todos que podem usufruir de uma jogatina cooperativa online, já que muita gente ainda gosta de compartilhar esses momentos - literalmente - lado a lado com seus amigos. 

Um visual com pequenos deslizes

O visual do game não beira o realismo de boa parte dos títulos de atualmente. Em diversas situações, há muito o que se destacar da aparência de A Way Out, como nas cenas de perseguições na floresta, fugas pela cidade e passagens pela prisão. Entretanto, elas acabam abafadas por um ar simples em outros elementos.

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Boa parte dos personagens possui traços cartunescos, além dos coadjuvantes serem bem parecidos uns com os outros, o que chega a confundir em alguns momentos. Já quando a câmera dá detalhes mais próximos, é possível notar um acabamento com menos caprichos em estruturas e elementos do cenário. Mas, reforçando, não é nada que doa aos olhos e que comprometa diretamente o andamento do jogo. 

A Way Out não tem um visual tão realista quanto os games mais atuais (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Ausência de outros modos

Não que esse seja um grande problema, mas A Way Out traz uma proposta tão certeira, que poderia ser explorada de outras formas. Ao terminar o único e principal modo, A Campanha, para muitos jogadores a sensação é de dever cumprido, já que, mesmo tendo se divertido por horas, dificilmente eles irão topar fazer tudo novamente. 

Talvez um modo multiplayer em que é preciso agir cooperativamente para vencer, ou uma caça ao tesouro, poderiam agregar conteúdo e fazer com que o título não volte para a prateleira da sala mais rápido do que deveria. 

Campanha é o principal modo de A Way Out (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Conclusão

A Way Out é de longe um dos jogos mais divertidos dos últimos tempos. Com uma proposta ousada e que funcionou perfeitamente, ele revive o co-op de tela dividida que unia amigos e familiares quando os videogames não eram reféns da modalidade online. Mesmo com gráficos não tão admiráveis, o game consegue unir jogadores lado a lado mostrando a todos que partidas cooperativas não precisam ser apenas online.

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