A Intel pretende colocar no mercado novos tipos de memórias para computadores baseados na tecnologia 3DXpoint. A ideia é que os novos pentes cheguem ao consumidor em 2018 e apresentem uma série de vantagens que, num primeiro momento, devem complementar as RAM DDR4 tradicionais.

De acordo com a Intel, os novos pentes de memória 3DXpoint foram desenvolvidos para serem baratos e confiáveis, oferecendo quantidades de espaço bem superiores àquelas encontradas nas RAM comuns, tudo isso com uma latência e velocidades competitivos.

Memórias Optane da Intel devem chegar ao mercado em 2018 (Foto: Divulgação/Intel)

O interessante a respeito das memórias que a Intel pretende disponibilizar é que elas não se tratam exatamente de RAMs: ao contrário da DDR4, as novas 3DXpoint da Intel não perdem dados quando o computador é desligado, o que possibilita a classificação de memórias não-voláteis.

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Esse é o principal ponto que pode tornar as memórias desse tipo revolucionárias, já que sistemas que dispusessem de grandes quantidades de 'RAM' desse tipo poderiam impactar de forma sensível o funcionamento de aplicações e dos sistemas operacionais que usamos. Além disso, o fato de que os dados ficariam guardados na memória, mesmo com o computador desligado, podem ter desdobramentos interessantes na maneira como guardamos nossos arquivos e na importância de unidades de disco, como SSDs e HDs nos PCs do futuro.

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Adoção do novo padrão de memória depende de uma série de fatores, como a adesão dos fabricantes em oferecer placas que suportem o pentes 3DXpoint (Foto: Divulgação/Intel)

Afinal, se os dados ficam retidos na memória mesmo com a máquina desligada, a utilidade de um SSD enorme, ou de um HD lento e suscetível a falhas pode diminuir bastante. Entretanto, é importante observar, que a Intel desenvolve esse novo tipo de memória com uma visão que sacrifica performance bruta em favor de preços mais baixos e de maior capacidade de armazenamento. O equilíbrio desses fatores pode acabar tornando o uso do novo padrão inviável para a grande maioria dos usuários.

A Intel encara a chegada das novas memórias ao mercado como um processo gradual em que as RAM DDR4 não seriam substituídas de imediato: pequenas quantidades desse tipo de memória ainda seriam úteis para que os computadores realizem tarefas específicas de forma mais rápida.

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