"O que é memória RAM?" A dúvida muito presente em relação aos PCs continua existindo entre os consumidores que leem a ficha técnica de um smartphone, mas não entendem essa especificação. Ela é importante, por exemplo, para determinar se o celular será rápido ou se o software vai rodar com travamentos e engasgos.

Neste artigo nós explicamos de maneira clara o que é e como funciona a memória RAM do seu smartphone, entre outras curiosidades sobre este atributo tão buscado nos dispositivos móveis.

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O que é a memória RAM?

Antes de tudo, é necessário entendermos o que significa RAM. Este termo é uma sigla, em inglês, para Random Access Memory, que significa “Memória de Acesso Aleatório”. Esse nome se deve aos dados contidos na memória RAM, que podem ser acessados de forma aleatória, não importando o setor (ou localização) em que eles estejam dentro do chip de memória.

A memória RAM é usada em todo tipo de equipamento eletrônico, como celulares e computadores (Foto: Reprodução)

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Entretanto, é importante não confundir a memória RAM com o armazenamento. Os dois possuem funções totalmente diferentes no dispositivo. A memória de armazenamento é responsável por guardar definitivamente os arquivos, como aplicativos, músicas, documentos, fotos, dentre outros.

Já a memória RAM é a responsável por levar todos os dados e instruções a serem processados para a CPU, ou seja, o processador. Estes dois componentes trabalham em parceria: imagine que a memória RAM seja um motoboy que entrega diversos documentos para outro profissional analisar que, no caso desta simples ilustração, faz o papel de nosso processador.

Assim, quanto mais memória RAM o celular tiver, mais rápido o processador receberá instruções e dados para processar, e assim terá melhor desempenho. Voltando para a nossa ilustração, quanto mais motoboys trabalharem para o analista, mais rápido ele terá os documentos dos quais precisa.

A memória RAM leva os dados a serem processados até a CPU do celular (Isadora Díaz/TechTudo)

Outra diferença básica entre memória RAM e memória de armazenamento é a que a segunda é muito maior do que a primeira. Enquanto os smartphones top de linha possuem de 3 GB a 4 GB de memória RAM, os aparelhos mais básicos possuem, no mínimo, 8 GB de armazenamento. Outros modelos contam com 16 GB, 32 GB e até mesmo 64 GB de espaço interno, como é o caso do Moto Maxx.

Outro fator que diferencia os dois tipos de memória é que os arquivos salvos no armazenamento não são perdidos quando o celular é desligado. Já os arquivos que estão na memória RAM são apagados, visto que a função dessa memória não é guardar arquivos, mas sim levá-los até o processador.

Como a memória RAM funciona no celular?

Como vimos, a função da memória RAM é entregar ao processador instruções e dados para serem processados. Isso envolve tudo, desde os arquivos essenciais para o funcionamento do sistema operacional, até suas músicas, vídeos, aplicativos, páginas de internet, fotos e todo o resto.

Assim, os chips de memória RAM fazem a “ponte” entre o processador e os componentes de armazenamento de massa. Geralmente, os celulares possuem duas formas de guardar arquivos:

... uma delas é por meio de um chip de memória flash, que já vem embutido no celular; já a outra forma são os cartões de memória, que são inseridos pelo próprio usuário.
Quanto mais memória RAM mais rápido será o celular (Foto: Thassius Veloso/TechTudo)

Os chips de memória RAM pegam os dados requisitados no chip de memória flash ou no cartão de memória e os leva até a CPU, para processar os dados e entregar o resultado novamente para a memória RAM, que então irá levá-los ao seu destino final, que pode ser a tela do smartphone ou as saídas de áudio do celular.

Portanto, quanto mais memória RAM estiver disponível, mais dados a CPU poderá processar. Além disso, as memórias são classificadas quanto à sua velocidade. Assim, quanto mais rápidas elas forem, mais rápido o seu celular será também. Vamos entender um pouco mais sobre isso no tópico seguinte.

DDR3 vs. DDR4: qual é a mais comum nos smartphones?

DDR é a sigla para Double Data Rate, que traduzida para o português significa Taxa de Transferência Dobrada. Toda memória do tipo DDR tem a capacidade de transferir dois dados por pulso de clock, ou seja em cada rodada de tarefas que o sistema executa. Essa técnica dobrou a velocidade de transferência das memórias, que antes transferiam apenas um dado por pulso de clock.

Com a evolução da tecnologia, o padrão DDR também foi evoluindo. Memórias DDR2 podem transferir quatro dados por pulso de clock. Memórias DDR3 transferem oito dados por ciclo de tarefas e as memórias DDR4 podem transferir até 16 dados por pulso de clock.

Chip de memória RAM LPDDR4 da Samsung (Foto: Divulgação/Samsung)

Atualmente, o padrão da indústria são as memórias DDR3 (LPDDR3 nos smartphones). Porém, tudo está se encaminhando para que as memórias DDR4 (LPDDR4) se tornem mais comuns nos celulares. As letras LP, que antecedem ao DDR, significam “Low Power” e indicam que esse tipo de memória consome menos energia do que as usadas em PCs e notebooks.

Atualmente, os smartphones que contam com chips de memória LPDDR4 são os top de linha, como o Samsung Galaxy S6, Galaxy S6 Edge, Galaxy S7, LG G Flex 2, Sony Xperia Z5 Premium, Xiaomi Mi Note Pro, HTC One M9 e alguns outros. A maioria das opções no mercado, porém, ainda está no padrão LPDDR3.

Vantagens da memória tipo DDR4

O principal benefício de memórias LPDDR4 nos smartphones, além da velocidade, é que elas consomem menos energia. Em comparação com as memórias LPDDR3, a economia de energia é de cerca de 40%, segundo uma fabricante.

Além disso, os chips de memória usam um processo de fabricação mais avançado, que consegue deixá-los menores. Assim, eles ocupam menos espaço dentro do aparelho. Então, a fabricante tem duas opções: colocar mais memória RAM ou fabricar um aparelho ligeiramente mais fino.

Sem dúvida alguma, o padrão LPDDR4 será o dominante em mais alguns anos, visto que os smartphones estão ficando cada vez mais avançados e executando tarefas mais pesadas, como a gravação de vídeos em 4K, a execução de jogos com gráficos hiperrealistas e também a imersão no mundo da realidade virtual.

Fontes: Samsung; MemoryLink

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