HomePlug, ou Powerline, é um padrão de distribuição de rede via tomadas elétricas. A tecnologia consiste em padrões e aparelhos que possam ser usados nas tomadas para ligar uma grande quantidade de dispositivos a uma rede tirando proveito da fiação elétrica instalada numa residência. Dessa forma, o usuário pode eliminar problemas de alcance e transmissão de rede comuns em instalações wireless.

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Os produtos compatíveis com essa tecnologia são criados e homologados pelo HomePlug Alliance, um grupo que reúne grandes fabricantes de hardware para redes de computadores.

Dispositivos HomePlug permitem distribuição de Internet por fiação e tomadas elétricas (Foto: Divulgação/HomePlug Alliance)

Esse grupo estabelece os padrões de funcionamento da tecnologia e decide os parâmetros que cada fabricante deve seguir na hora de criar e lançar seus produtos HomePlug. É o mesmo princípio por trás das organizações que comandam USB, HDMI, Blu-Ray e outros padrões tecnológicos.

A tecnologia existe desde 2000 e é bastante popular em diversos países da Europa. No Brasil, primeiros produtos compatíveis com o HomePlug começaram a chegar recentemente.

Como funciona?

Há uma série de formatos e produtos que levam o selo HomePlug, mas, em geral, todos oferecem as mesmas funções.

Numa situação de uso típica, o HomePlug pode ser a saída para fazer com que o sinal de Internet chegue àquele ponto da casa onde a leitura é sempre fraca: usando um adaptador compatível com a tecnologia, o usuário pode ligar um cabo do roteador de Internet à tomada mais próxima.

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Isso fará com que todas as tomadas elétricas, e os próprios fios da rede elétrica doméstica, ligados nessa rede se tornem pontos de distribuição de Internet, desde que tenham adaptadores HomePlug conectados.

O interessante é que além de distribuir sinal Wi-Fi, o HomePlug pode ser usado para conectar dispositivos à Internet com cabos RJ45. Para usar o cabo Ethernet, o usuário precisa plugar a porta RJ45 num adaptador HomePlug na tomada escolhida.

As velocidades são altas?

Em situações ideais, o HomePlug Alliance afirma que os produtos compatíveis com o padrão devem atingir até 500 megabits por segundo (Mbps) via cabo e 300 Mbps, usando sinais sem fio.

São números bastante bons para qualquer rede doméstica, mas é importante considerar que esses valores são considerados como picos em situações ideais. Em seus produtos, os fabricantes costumam definir velocidades mais realistas, de até 150 Mbps.

O vídeo abaixo demonstra a instalação bastante simples de adaptadores HomePlug:

Mas não há interferências nos fios?

Fios elétricos geram campos eletromagnéticos com a circulação de energia e uma dúvida comum a quem se interessa pelos produtos HomePlug é se os fios não criam interferências no sinal de Internet.

Segundo o HomePlug Alliance, o problema da interferência é evitado porque a tecnologia opera com sinais de baixa frequência. Além disso, os adaptadores que recebem os cabos de rede, ou distribuem o sinal Wi-Fi, possuem filtros para eliminar o ruído que poderia ser causado pela eletricidade.

... ight="356" width="695">Esquema mostra a distribuição de Internet a partir da rede elétrica (Foto: Divulgação/TP-Link)

Quais são as desvantagens?

A desvantagem do HomePlug é o fato de que, no Brasil, repetidores de Internet compatíveis com a tecnologia ainda são muito caros. A TP-Link oferece o Tl-Wpa4220kit, classificado como capaz de atingir até 500 Mbps, por valores que giram na casa dos R$ 450, por exemplo.

O kit vem com dois adaptadores, um deve ser conectado ao roteador e o outro na tomada do lugar em que o usuário quer distribuir Internet. A D-Link comercializa no Brasil o DHP-W220AV por preços na casa dos R$ 300. Ao contrário do TP-Link, esse HomePlug atinge velocidades de 200 Mbps.

TP-Link comercializa kit HomePlug no Brasil (Foto: Divulgação/TP-Link)

Pelo mesmo dinheiro, é possível encontrar roteadores de alta performance no mercado nacional. Além disso, se a necessidade é apenas distribuir sinal Wi-Fi pela casa, um repetidor, custando algo em torno de R$ 100, pode realizar a tarefa, desde que não existam muitas obstruções. Se a necessidade for expandir a rede via cabos, o preço fica em torno de R$ 5 o metro.

Vantagens

O ponto forte do HomePlug é a praticidade: se a ideia for distribuir Internet com cabos Ethernet, há a necessidade de ocultá-los nas paredes, o que gera necessidade de gastos com mão-de-obra e materiais.

Em relação à Internet sem fio, na abordagem convencional, exige repetidores que, dependendo da configuração do local em que são instalados, não serão a melhor solução para o problema.

O HomePlug é uma saída que pode contornar esses dois problemas em instalações domésticas em que sacrifícios em termos de velocidade de rede podem ser feitos em busca de sinal onipresente e estável, e sem a necessidade de intervenções mais drásticas, como o que seria necessário numa instalação com cabos.

Internet das coisas 

Uma das apostas em relação ao futuro do HomePlug é o uso da tecnologia em residências repletas de equipamentos e aparelhos conectados.

Nesses espaços, o uso de adaptadores HomePlug poderá ser bastante interessante, já que a entidade que desenvolve o padrão tecnológico trabalha em novos produtos capazes de atender esse tipo de demanda em breve.



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