O Sarahah, aplicativo de mensagens anônimas para iPhone (iOS) e Android, fez sucesso nas últimas semanas. Entretanto, aplicativos do tipo não são novidade. Nos anos recentes, serviços parecidos, como o Secret e o Formspring, vêm surgindo aqui e ali, sendo, com bastante frequência, descontinuados após servirem de terreno para bullying, além de outros abusos. Em alguns casos, caem no esquecimento após um sucesso inicial e tentam se reinventar para continuarem tendo alguma relevância nas lojas de aplicativos gratuitos.

A lista abaixo traz diversas plataformas que ficaram famosas no Brasil oferecendo anonimato. São serviços que ainda estão disponíveis para celulares e na web ou que foram descontinuados no país. Quer conhecer alternativas ao Sarahah ou gosta de nostalgia? Então, confira!

Novidade Brasileira

O fundador do Orkuti, rede social que simula o velho Orkut — que foi encerrado pelo Google — lançou a sua própria versão do "Sarahah Brasileiro". O Talk About Me, apesar do nome em inglês, está disponível completamente em português com a função para celulares com Android.

Conheça Talk About Me, versão brasileira do polêmico Sarahah (Foto: Raquel Freire/TechTudo)

Para celulares

Ask.fm

O Ask.fm é um dos serviços de perguntas e respostas que ficaram mais famosos no Brasil. Nele, é possível enviar pergunt

... as a amigos e desconhecidos de maneira anômina ou não. Lançado em 2010, era bastante comum ver links para perfis do site sendo compartilhados no Facebook ou no Twitter. Uma das principais razões do sucesso foi que, na época, o site não exigia que o usuário tivesse um perfil para perguntar.

Ask.fm (Foto: Gabrielle Lancellotti/TechTudo)

Hoje, a plataforma não é mais tão popular como costumava ser, mas, para quem quiser matar a saudade, o serviço se reinventou e, além de seu clássico formato para web, está disponível também em aplicativos.

Kiwi

O Kiwi é um aplicativo disponível nas versões Android, iOS e Web. Ele é uma mistura de rede social com site de perguntas e respostas e, assim, permite questionar, em segredo, amigos e outros usuários da plataforma. Nele, é possível escrever posts, adicionar foto de perfil e seguir usuários, algo similar ao que acontece no Twitter e no Instagram, por exemplo.

Kiwi (Foto: Gabrielle Lancellotti/TechTudo)

Para a web

EuConfesso.com

No EuConfesso.com (euconfesso.com) sua mensagem anônima não é direcionada, necessariamente, a alguém. Segundo o site, o principal objetivo é possibilitar o desabafo em total anonimato. Dessa forma, o usuário pode escrever confissões que ficam públicas para qualquer um ler. As confissões podem ser livres para todas as idades ou para maiores de 18 anos — categorizadas por temas de "Conta bancária" a "incesto".

Curious Cat

O Curious Cat é uma rede social disponível no formato Web. Para registrar-se é preciso ter uma conta no Facebook ou no Twitter e enviar perguntas ou fazer confissões sem se identificar. Mas, caso o usuário deseje assinar o post, essa opção também está disponível. Além disso, a plataforma disponibiliza chat online com interação anônima.

Curious Cat: nova rede social promete perguntas anônimas e revelações (Foto: Reprodução/Curious Cat)

E-mails anônimos

Este tópico da lista não é exatamente uma plataforma, mas uma possibilidade. Alguns serviços permitem que usuários enviem e-mails anônimos. Sites como o Send Anonymous E-mail possibilitam enviar um e-mail para qualquer endereço sem se identificar. Outra opção interessante é o FutureMe.Org, que tem, como proposta inicial, enviar e-mails para si mesmo no futuro. Entretanto, as mensagens podem ser enviadas para quaisquer endereços. O único problema é que elas só chegarão para o destinatário, no mínimo, 30 dias depois.

Serviços encerrados no Brasil

Secret

No Secret, descontinuado, os usuários podiam criar cartões com confissões anônimas. Mas até chegar ao fim, o app foi alvo de muitas polêmicas. Além de estar envolvido em episódios de bullying virtual, o aplicativo passou, ainda, por falhas de segurança que revelavam a identidade de seus usuários. A justiça brasileira chegou a proibi-lo, exigindo que fosse retirado da Play Store e da App Store. Em abril de 2015, após somente 16 meses de existência, foi anunciado seu fim.

Secret, polêmico aplicativo para contar segredos, chega ao fim (Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo)

Lulu

O Lulu foi um sucesso entre as mulheres. Tinha como proposta permitir que pessoas do gênero feminino avaliassem, afetiva e sexualmente, seus contatos masculinos do Facebook. A plataforma permitia que as usuárias usassem hashtags polêmicas como #copomeiocheio e #filhinhodamamãe para classificar os rapazes com se relacionaram.

App Lulu (Foto: Luciana Maline/TechTudo)

Algum tempo e muitas polêmicas depois, o app tentou mudar seu formato, aproximando-se de aplicativos de relacionamento como o Tinder, além de passar a permitir o cadastro de homens e trazer dicas de relacionamento. Mas não teve jeito: hoje, não está mais disponível nas lojas virtuais do Android e da Apple e toda polêmica chegou ao fim.

Formspring.me

Criado em 2009, sendo anterior ao Ask.fm, o Formspring.me e o concorrente tinham um formato bem parecido. Ambos permitiam a criação de perfis abertos, com aparência similar à do Twitter, onde pessoas que tivessem, ou não, uma conta no site pudessem fazer perguntas sem se identificar. A plataforma chegou a ter 30 milhões de usuários, mas foi encerrada em 2013. Depois disso, foi substituída pelo Spring.me que, hoje, foi incorporado à rede social de encontros Twoo.

Formspring foi um dos pioneiros dos sites de mensagem anônima (Foto: Divulgação/Formspring)

Orkut

Talvez você não se lembre, mas o Orkut permitiu, por algum tempo, mensagens anônimas em seus fóruns. O recurso chegou a gerar, na época, postagens ofensivas, preconceituosas e difamatórias. Justamente para acabar com esse tipo de conteúdo, o site passou, em 2009, a aceitar somente mensagens onde os usuários se identificassem na rede social.

Orkut (Foto: Divulgação)

Dentro do site existiu, ainda, o aplicativo Truth Box, ou Caixa da Verdade, que também esteve disponível no Facebook. Nele, usuários enviavam mensagens anônimas — geralmente cantadas —aos contatos das redes sociais, identificando-se somente pelo gênero.

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