Mark Zuckerberg, fundador e atual presidente-executivo do Facebook, divulgou um manifesto em seu perfil na rede social em que defende o processo de globalização como forma de unir as pessoas em todo o mundo. No texto, que foi publicado na quinta-feira (16), o executivo reafirma a ideia de que sua plataforma pode ser usada para criar o que chama de “comunidade global” como uma forma de fazer com que os usuários formem conexões em todo o mundo e anunciou o desenvolvimento de novas ferramentas para auxiliar a atingir este objetivo.

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Comunidade global ajuda a conectar pessoas, diz Zuckerberg (Foto: Reprodução/Facebook)

O texto foi publicado como uma resposta às acusações de que a rede social teria sido conivente com uma suposta manipulação do resultado das eleições americanas em 2016 ao não interferir na divulgação do que seriam notícias falsas, que poderiam influenciar nas decisões de voto.

A preocupação de Zuckerberg é o que chamou de movimento pela retirada da conexão global. “O Facebook defende a construção de uma comunidade global que possa nos aproximar. Quando começamos, esta ideia não era controversa: todos os anos, o mundo ficou mais conectado e isto era visto como positivo”, afirmou em uma nota.

A resposta encontrada pelo cofundador da rede social para esta questão foi focar o Facebook na construção de microcomunidades — hoje conhecidas como grupos de Facebook — que sejam apoiadoras, seguras, informadas, engajadas e inclusivas, capazes de reforçar instituições, ajudar em crises, criar entendimentos mútuos e refletir valores coletivos a nível global.

Novos recursos para grupos

Para atingir este objetivo, a plataforma estuda a criação de novos recursos ao sistema de grupos, mas a natureza exata destas novidades ainda não foi revelada. Zuckerberg aponta que os dados internos do Facebook mostram que mais de 100 milhões de usuários são parte do que chamam de grupos “muito significativos”. Ou seja, aqueles que se tornam a parte mais importante da experiência social e dão suporte físico aos usuários — mudando suas vidas e rotinas.

As duas preocupações mais discutidas no ano passado foram sobre a diversidade de pontos de vista que vemos no feed (bolhas de filtro) e a precisão de informações (notícias falsas)
Mark Zuckerberg, Facebook

O exemplo do CEO são grupos de pais que recepcionam casais que acabam de ter seu primeiro filho. Com o tempo, a tendência é que o Facebook se baseie apenas nestes grupos para definir o progresso de seus esforços, o que inclui melhorar formas de ajudar pessoas a se conectarem com grupos e fazer com que os líderes de comunidades possam criar mais grupos significativos.

Bolhas e filtros

Outro problema que preocupa a rede social são os diversos pontos de vista e a veracidade de informações. “Eu me preocupo com estes assuntos e nós temos os estudado com afinco, mas me preocupo que haverá repercussões mais extremas que teremos que mitigar sobre sensacionalismo e polarização que possam levar à perda de nosso entendimento comum”, desabafa.

Um dos conceitos apresentados por Zuckerberg são as bolhas de filtro – os algoritmos que estudam o

... s hábitos de pesquisa dos usuários para apresentar resultados que se adequem aos seus gostos — ou hábitos de consumo. Uma das consequências da prática é que ela bloqueia o acesso das pessoas a opiniões divergentes, o que cria um ambiente mais polarizado.

Fora da bolha, uma visão completa

O objetivo da rede social, esclarece, é permitir que todos vejam os problemas por completo e não apenas perspectivas alternativas. A melhor forma de resolver este desafio, portanto, seria mostrar uma vasta gama de perspectivas e deixar que cada usuário chegue a sua própria conclusão.

Com o tempo, Zuckerberg acredita que isso ajudaria a comunidade a identificar quais fontes de informação são confiáveis.

Via Facebook


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