Donos do iPhone 6 e 6 Plus têm sofrido com o Erro 53, problema que se caracteriza como a “morte do aparelho". Os relatos indicam que a falha ocorre com celulares que tiveram o botão home danificado, mas apenas depois que esses smartphones são atualizados para o iOS 9.

Como usar a garantia, o suporte e a assistência técnica da Apple no Brasil

Na maior parte dos casos, o bug é gerado em iPhones que passaram por reparos técnicos não oficiais, ou seja, em serviços de assistência técnica que não são da Apple. No entanto, há casos em que não houve conserto de terceiros, e o telefone simplesmente parou de funcionar após o dano no botão. Entenda melhor como o Erro 53 funciona e como ele pode afetar seu iPhone. 

Erro fatal quebra iPhones com iOS 9 consertados em lojas não oficiais (Foto: Anna Kellen/TechTudo)

A mensagem de erro aparece segundos após a instalação do iOS 9. Depois de exibida, o celular é desabilitado e fica praticamente inútil. Todas as fotos, arquivos e quaisquer dados são perdidos e não podem ser recuperados. Não há nenhum alerta de aviso sobre o problema, nem correção, por enquanto.

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Antes de fazer a atualização do software, porém, o iPhone funciona normalmente. Essa é uma das razões pelas quais a falta de aviso por parte da Apple se torna mais grave, uma vez que os usuários poderiam não realizar o update, caso soubessem dos riscos. 

Embora trate-se de uma situação bastante específica, já existe muitos relatos na internet. No fórum oficial da Apple, por exemplo, o usuário Arjunthebuster afirma que seu iPhone, comprado em Dubai, caiu no chão em fevereiro de 2015 e a tela ficou levemente danificada. Apesar disso, nove meses depois, em novembro, o cliente foi surpreendido pelo Erro 53, após instalar a versão mais recente do iOS. 

Dono de iPhone 6 relata erro 53 após instalação do iOS 9 (Foto: Reprodução/Fórum Apple)

A principal reclamação de Arjunthebuster é a cobrança de 1.240 AED (cerca de R$ 1.340) pelo reparo, já que a garantia não vale para smartphones quebrados. O usuário, porém, alega que não deseja uma nova tela, mas apenas a correção do Erro 53. “Eu ainda não entreguei o iPhone para o serviço [técnico] de fora [da Apple] ainda, então ele está dentro da garantia”, afirma.

Já o fotógrafo do jornal britânico The Guardian, Antonio Olmos, fez o reparo com terceiros. Ele estava na Macedônia quando deixou o iPhone cair, em setembro de 2015. Como estava a trabalho e não tinha tempo, resolveu consertar o iPhone pela região, que não conta com Apple Store. Mas foi somente há algumas semanas, quando fez a atualização para o iOS 9, que o telefone falhou. Ao levar o iPhone à assistência oficial, em Londres, Olmos foi informado que não havia nada a ser feito. 

O fotógrafo pagou £ 270 (aproximadamente R$ 1.500) pela substituição do aparelho. Na versão americana ou inglesa do site da Apple, é possível consultar previamente o valor do conserto em diferentes situações. No Brasil, a tabela está indisponível, criando a necessidade de descrever problemas via email para a fabricante, o que deixa o processo mais lento.

Tabela de preços, em dólar, de reparos feitos pela Apple nos EUA (Foto: Reprodução/Apple)

Um porta voz da Apple admitiu em comunicado que o erro é proposital. “Nós levamos a segurança dos clientes muito a sério, e o Erro 53 é resultado de verificações de segurança para proteger clientes. O iOS verifica se o sensor Touch ID corresponde corretamente aos outros componentes do celular. Se o iOS encontra uma incompatibilidade, a verificação falha e o Touch ID é desativado. A medida de segurança é necessária para proteger o iPhone e impedir fraudes no sensor Touch ID. Se um cliente encontra o Erro 53, nós o incentivamos a entrar em contato com o suporte da Apple”, disse.

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A resposta, porém, não agradou a todos. O escritório de advocacia PCVA Law, sediado em Seattle, entrou com uma ação coletiva contra a Apple por causa da falha. A alegação é de que a política da empresa viola as leis de defesa do consumidor nos Estados Unidos, já que estaria obrigando os clientes a usarem a assistência técnica da própria companhia, que é muito mais cara que a de terceiros.

“O primeiro objetivo é fazer com que todos os clientes com iPhones afetados sejam equipados com telefones funcionando, sem os esmagadores custos que milhares de pessoas estão enfrentando no momento com o erro 53″, disse o advogado à frente da ação coletiva, Darrell Cochran.

Via The Guardian e PCVA



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