O Brasil lidera com folga o ranking de vítimas de extensões falsas do Google Chrome , segundo um relatório da Trend Micro, empresa especializada em segurança digital. Desde maio de 2014, foram cerca de 1 milhão de usuários afetados e identificados pela empresa, o que significa aproximadamente 24% do total de ataques identificados no período.

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Brasil é o líder isolado entre os ataques vindos de extensões falsas para Google Chrome (Foto: Divulgação)

O Facebook seria o principal meio de distribuição desses arquivos infectados. O plugin malicioso conhecido como BREX_KILIM.LL, por exemplo, se instala no Google Chrome e passa a monitorar a conta da rede social logada no navegador, sendo capaz de curtir páginas sem a autorização dos usuários. Assim, essas pessoas se tornam vítimas de campanhas ilegais devido a compra de likes falsos no Facebook. 

O malware ainda executa uma série de comandos em JavaScript que impedem o usuário de desinstalá-lo da máquina, fechando abruptamente a tela de extensões do Chrome e removendo a identificação HTTP dos sites visitados. Além disso, os hackers utilizam protocolos HTTPS verdadeiros para hospedar os códigos e mantê-los protegidos.

Segundo os especialistas, contas do Twitter também entram no esquema, sendo responsáveis por armazenar links maliciosos usados na distribuição das extensões falsas pela rede.

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Ainda não há uma solução para essa ameaça, mas a Trend Micro garante estar trabalhando em conjunto com o Facebook para eliminar esse tipo de código. Por enquanto, a dica é não clicar em links suspeitos, mesmo que tenham sido enviados por amigos através do Feed ou por mensagem privada.

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Recorrência de ataques

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... das vítimas. O diretor da Trend Micro, Fábio Picoli, já havia falado sobre o problema, confirmando que o país sofre com criminosos de nível cada vez mais sofisticado - algo que despertou até interesse da Interpol.

Depois do Brasil, a lista dos mais afetados, segundo o relatório da companhia, inclui diversos países da América Latina, como México, Colômbia, Peru e Argentina. Mas, nenhum chega perto dos números registrados em solo tupiniquim, pois não obtiveram nem 7% dos casos registrados.



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