Um relatório da fabricante de antivírus Kaspersky divulgado na terça-feira (9) aponta o Brasil como principal alvo de ataques bancários em 2014. Segundo dados recolhidos desde o início do ano, o país está na liderança de casos de infecção por malwares feitos para roubar dados financeiros, com quase 300 mil vítimas.

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Brasil e Rússia, em vermelho, são líderes em ataques bancários de 2014 (Foto: Divulgação/Kaspersky)

O estudo confirma o que já se sabia: o Brasil e a Rússia, que figurou em segundo na lista, são dois dos países mais visados por cibercriminosos para diversos tipos de ataque e o método mais comum continua sendo a engenharia social. Ou seja, enganar os usuários para que abram eles mesmos os links maliciosos em seus computadores.

“Uma das maneiras mais eficazes para distribuir malware para os computadores dos usuários é a de explorar vulnerabilidades no Oracle Java e em navegadores como o Internet Explorer e Mozilla Firefox. Além disso, os cibercriminosos continuam a usar exploits para as vulnerabilidades do Adobe Reader”, explica a especialista em segurança da Kaspersky, Maria Garneva.

A dica para fugir do perigo ainda é duvidar de e-mails recebidos de endereços desconhecidos, principalmente se acompanharem arquivos ZIP ou links.

Em conformidade com situações de risco, nenhum banco brasileiro envia esse tipo de conteúdo a seus clientes, portanto vale suspeitar sempre que houver algo assim na caixa de entrada.

Mac e Android

Só este ano foram 6,2 bilhões de ataques interceptados pela Kaspersky em todo o mundo entre dispositivos móveis e computadores desktop, um bilhão a mais que em 2013. Usuários de Mac, que costumam ser menos atingidos, sofreram 3,7 milhões de ataques identificados pela companhia – em média, houve nove ameaças por usuário durante os 12 meses analisados.

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Entretanto, nos smartphones, o “reinado” continua sendo do Android. Os ataques aumentaram muito entre 2013 e 2014, quadruplicando os números e chegando à marca de 1,4 milhão de casos em um ano. Dos 295 mil novos códigos maliciosos encontrados, 12,1 mil foram dedicados somente à exploração de dados bancários das vítimas, entre eles o primeiro a ter sido desenvolvido por criminosos brasileiros.



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