O Facebook poderá pagar até US$ 40 milhões (cerca de R$ 163 milhões, em conversão direta) em acordo para finalizar um processo na justiça dos Estados Unidos que discute uma fraude nas métricas de publicidade em vídeo na plataforma. Empresas que pagaram por anúncios pediram indenização após a rede social ter supostamente inflado o tempo de visualização em até 900% entre 2015 e 2016.
O valor a ser pago pela empresa é composto, entre outros valores, por um fundo indenizatório de US$ 28 milhões, já acordado entre as partes, destinado a anunciantes americanos que compraram espaço publicitário no Facebook. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (7), e a companhia controlada por Mark Zuckerberg não comentou o caso.
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A acusação de fraude veio à tona em setembro de 2016, quando uma reportagem do The Wall Street Journal revelou que anunciantes estavam insatisfeitos com o Facebook e suspeitavam que as métricas de vídeos fornecidas pela rede social estavam erradas. Horas depois, o diretor de receitas David Fischer reconheceu o problema do Facebook, mas minimizou os efeitos para anunciantes dizendo que se tratava apenas de um “erro de cálculo que não afetou, nem irá afetar a cobrança ou a forma como os modelos de mix de mídia valorizam seus investimentos em vídeo no Facebook”.
Dois processos de anunciantes pedindo indenização ao Facebook chegaram à justiça americana em outubro de 2016. Pela similaridade do teor, eles foram unificados e se transformaram no que se chama, no direito dos Estados Unidos, de “class-action lawsuit” — em analogia ao direito brasileiro, seria equivalente à conexão processual.
O processo era centrado na regra do Facebook de desconsiderar visualizações de três segundos ou menos na contagem geral de vídeos na plataforma. A medida parecia, à primeira vista, uma forma de evitar que um volume artificial de reprodução impactasse as métricas de visualização de vídeos no Facebook. No entanto, logo foi percebida como estratégia para inflar o tempo geral de consumo dos vídeos na rede social. Os anunciantes alegam que foram induzidos a crer que o tempo gasto pelos usuários assistindo a vídeos na plataforma era maior do que o real.
No processo, o Facebook admitiu que o tempo de visualização poderia ter sido inflado em 60% a 80%, mas os autores alegaram que os números teriam sido fraudados em até 900%. A rede social ofereceu US$ 28 milhões para encerrar a discussão, valor que os autores concordaram em receber. Outros US$ 12,7 milhões são pedidos como hono
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