Empresas como Google e Facebook rastreiam a atividade dos usuários em páginas de conteúdo adulto. É o que diz um estudo revelou um estudo da Microsoft, Carnegie Mellon e Universidade da Pensilvânia, divulgado na última semana. Após analisar 22.484 sites pornográficos, eles concluíram que 93% deles vazam dados para terceiros, mesmo quando o acesso é feito no modo anônimo do navegador. Embora as empresas tenham negado o uso dessas informações para fins publicitários, pesquisadores alertam para a vulnerabilidade de informações íntimas dos usuários.

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Segundo os autores do estudo, os visitantes de sites pornográficos têm um “senso de privacidade fundamentalmente enganador”. Isso porque apenas 17% dessas páginas utilizam criptografia, ou seja, a maior parte delas é altamente vulnerável e permite a interceptação da conta do usuário.

Vale ressaltar também que o modo anônimo do navegador, comumente usado para consumir esse tipo de conteúdo, garante apenas que o histórico de acessos não fique armazenado no computador, mas não impede o rastreamento de informações por parte de empresas terceiras.

Dos 22.484 sites avaliados, 45% deles expõe ou sugere a natureza do conteúdo, revelando os principais tópicos de interesse do usuário e até mesmo suas preferências de gênero. Segundo os pesquisadores, o vazamento desses dados representa um risco “único e elevado”, especialmente para homossexuais e mulheres. “Esses riscos são maiores para populações vulneráveis ​​cujo uso pornográfico pode ser classificado como não-normativo ou contrário à sua vida pública”, escreveram os autores.

De acordo com a pesquisa, rastreadores feitos pelo Google e suas subsidiárias apareceram em 74% dos sites avaliados. Ao portal Business Insider, a gigante de buscas afirmou que as informações coletadas não são usadas para fins publicitários. O Facebook, cujos rastreadores estão em 7% das páginas analisadas, deu um retorno semelhante e disse que os dados não são usados para campanhas. Já a Oracle, outra gigante de tecnologia citada no levantamento, não se manifestou sobre o assunto. A empresa rastreia 24% dos sites examinados.

Ainda segundo o estudo, sem o uso de softwares especializados como o WebXRay, empregado na pesquisa, é quase impossível que os usuários saibam quando estão sendo rastreados. Isso porque as políticas de privacidade que poderiam divulgar esse tipo de informações constavam em apenas 17% dos sites analisados.

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Além disso, há o fato de que os termos de uso são escritos em uma linguagem muito específica e complexa – de acordo com os pesquisadores, é necessário um nível de conhecimento equivalente a dois anos de graduação para entender as frases.

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Via Business Insider



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