Alguns notebooks mais baratos vendidos no exterior e Chromebooks de entrada podem oferecer um tipo de memória chamada eMMC para guardar os dados do usuário. Diferente de HDs e SSDs, esse tipo de memória usa tecnologias parecidas com as que são aplicadas em SSDs. Apesar disso, não atingem as mesmas velocidades, tamanhos e durabilidades associadas aos melhores SSDs disponíveis no mercado.

A seguir, você vai conhecer essa tecnologia e entender melhor sua aplicação nos computadores.

Unidades eMMC são encontradas em laptops de entrada importados, além de celulares e tablets (Foto: Divulgação/SanDisk)

SSDs e eMMCs são parecidos, mas não são a mesma coisa

Embora os nomes diferentes pareçam indicar que as duas tecnologias são distintas, é preciso ter em mente que tanto os SSDs quanto as memórias do tipo eMMC são dispositivos de armazenamento de estado sólido. Ambas usam a mesma tecnologia flash dos cartões de memória e pendrives: guardam informações no interior de células presentes em chips.

A silga eMMC significa “cartão multimídia embutido”. É um tipo de memória flash que evolui a partir da tecnologia presente nos cartões de memória MMC. Isso permite que eles sejam instalados no interior de dispositivos, como celulares, tablets e, mais recentemente, laptops mais baratos. É similar ao SD, mas fica embutido na placa do aparelho.

Em geral, o eMMC se

... rá sempre mais rápido que um HD convencional, mas não terá desempenho competitivo se comparado a um SSD, que é desenvolvido especificamente para computadores. Assim, são mais sofisticados e usam controladores mais avançados, permitindo maior desempenho, segurança e durabilidade em relação ao eMMC.

Esses diferenciais, no entanto, tornam os SSDs mais caros. Muito por isso, Chromebooks e notebooks de origem chinesa dispensam o uso desse tipo de armazenamento, apresentando assim unidades eMMC em seu interior.

Desempenho

Mesmo os SSDs SATA mais simples são mais rápidos do que o eMMC (Foto: Filipe Garrett/TechTudo)

Atualmente o padrão eMMC é o 5.1, que define velocidade máxima de transferência na casa dos 400 MB/s. À primeira vista não parece pouca coisa, já que SSDs SATA também rodam perto disso – vale lembrar que SSDs PCIe são muito mais rápidos. Entretanto, os discos de estado sólido oferecem mais vias de transferência para dados, fazendo com que tenham maior volume de informações em determinado período de tempo. É como se o eMMC tivesse apenas uma via a 400 MB/s e o SSD várias delas.

Os eMMCs não podem competir nesse departamento. Limitados por controladores inferiores e por design adaptado de cartões de memória, essas unidades têm menor quantidade de vias para transferir informações. Isso, na prática, faz com que os drives sejam comparativamente mais lentos que SSDs. Com controladores inferiores os eMMCs também ficam devendo em funcionalidades de performance e segurança presentes nos SSDs.

SSDs têm maior número de vias de dados, dando maior volume de informações durante certo período (Foto: Divulgação/Transcend)

Tamanho

Derivados de cartões de memória de um padrão mais antigo, os eMMC não podem alcançar os SSDs em capacidade bruta. Drives desse tipo costumam aparecer em 8, 16, 32, 64 e 128 GB para dados. Unidades maiores não são impossíveis, mas podem apresentar dificuldades de gerenciamento e custos elevados, algo que mais uma vez põe o SSD como mais interessante.

Esses, por sua vez, são bem maiores. Em geral, as unidades com baixa capacidade desse tipo de mídia giram na casa dos 120 GB, subindo até 1 ou 2 TB.

Durabilidade

eMMCs podem ter a mesma durabilidade de um SSD, dependendo da origem e do uso (Foto: Divulgação/Samsung)

Na prática, uma unidade eMMC deve ter a mesma vida útil de um pendrive ou SSD comum. A durabilidade do disco vai depender diretamente do tipo de uso e também da qualidade do dispositivo.

Apesar disso, os eMMCs são mais simples e baratos de serem fabricados. Isso pode ser um problema caso o produto tenha origem duvidosa, portanto é importante ficar atento a possíveis defeitos e durabilidade reduzida.

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