Em fevereiro de 2016, a Samsung e a LG começaram a abandonar as TVs 3D. Um mês depois, a Philips e a Sony também reduziram os lançamentos e apenas a Panasonic manteve a produção. Mas, com isso, será que ainda vale a pena investir em um aparelho com tecnologia tridimensional? A maior parte das fabricantes afirma que o formato está ultrapassado e que agora o 3D é apenas um recurso extra em um televisor completo. No entanto, o padrão ainda pode oferecer uma experiência diferenciada em jogos.

O que levar em consideração na hora de comprar uma Smart TV

Antes de pensar em comprar uma TV 3D, confira alguns pontos para levar em conta sobre os aparelhos e veja se ainda vale a pena o investimento.

Tecnologia ativa ou passiva? Descubra qual tipo de TV 3D escolher (Foto: Pond5)

Conteúdo e interesse

Apesar da TV 3D ter inovado o mercado, pois antes só era possível encontrar a tecnologia no cinema, o hábito de consumo do formato, segundo pesquisas das fabricantes, aponta para um uso do recurso com os óculos apenas uma vez para assistir a filmes, principalmente logo após comprar a TV. Depois, a tecnologia fica desativada, o que torna o aparelho uma TV convencional.

Além disso, diferente do conteúdo 4K, que vem crescendo a cada dia, o material para TVs 3D não seguiu o mesmo caminho. Ao investigar a tendência da tecnologia, é possível conferir que a busca por conteúdo em formato tridimensional em televisores no Brasil teve um pico em 2010 e desde 2013 tem sofrido uma queda na procura.

Jogos

A tecnologia Dual Play é um dos pontos que ainda faz o investimento na TV 3D valer a pena. Com o recurso embutido e dois óculos tridimensionais, cada jogador confere um conteúdo diferente em tela cheia no mesmo televisor. A função acaba com a divisão de tela durante os games e está disponível principalmente nas TVs da LG. Em aparelhos da Samsung e da Philips também é possível encontrar a ferramenta. 

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Tecnologia Dual Play em TVs 3D pode justificar a compra do aparelho (Foto: Melissa Cruz / TechTudo)

Mercado

Para Jean Felipe Fonseca, especialista em tecnologia em telecomunicações, o 3D está perdendo a relevância na hora da compra: “o consumidor deve entender a tecnologia como mais um atributo”. Assim, algumas fabricantes apontam para o formato 3D começar a entrar na TV apenas como uma função complementar, a fim de oferecer um aparelho mais completo, com mais benefícios.

A Panasonic é a única fabricante entre as maiores do Brasil que afirma que irá lançar um modelo 3D ainda em 2016. A LG, a Samsung, a Philips e a Sony indicam que estão focando a produção em aparelhos Smart

... , com conectividade e sistemas operacionais completos.

A qualidade de imagem avançada também se destaca na demanda do mercado. Nesse ponto, a alta resolução 4K e até o padrão HDR, que oferece um alcance de brilho e contraste equilibrado, sem que o consumidor precise escolher entre um ajuste e outro, podem ser as próximas tendências fortes no mercado de TVs.

Segundo Cristiano Akamine, professor de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, as fabricantes já estão adotando o padrão. “O HDR é uma das tecnologias mais promissoras para os televisores e as câmeras de TV”, afirma.

Conclusão

Fonseca e Akamine concordam que a TV 3D não tem justificativa para grandes investimentos agora. Segundo os especialistas, a tecnologia pode voltar junto com as imagens 8K, sem a necessidade de um óculos, ou em médio prazo, de forma evoluída, para o entretenimento. Unindo a realidade ao fato de que apenas uma grande fabricante ainda pretende lançar um aparelho, o valor do investimento pode desapontar o consumidor. 

Óculos são vendidos separadamente e podem aumentar o preço do televisor (Foto: Divulgação/LG)

Ao comparar diferentes modelos de televisão 48 polegadas, de diferentes fabricantes, é possível observar a diferença de preços. Em uma TV 3D LED, o usuário encontra aparelhos por volta de R$ 1.600. No caso de um televisor Smart com 3D embutido, o valor fica em cerca de R$ 1.800. Para um dispositivo 4K, é possível encontrar produtos a partir de R$ 2.000. Os valores, com diferença de R$ 200 em média, permitem ao consumidor analisar na ponta do lápis se a compra vale a pena.

Para tentar oferecer um custo-benefício melhor, também vale lembrar que algumas marcas retiraram os óculos das TVs 3D, que acabavam subindo o preço do aparelho nas lojas. Agora, os acessórios são vendidos à parte e podem custar cerca de R$ 50 a unidade.

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