O Facebook liberou um filtro no sábado (14) para as pessoas demonstrarem solidariedade à França, após o ataque terrorista em Paris. No entanto, a medida acabou em polêmica. Com a tragédia ambiental do Rio Doce, em Mariana (MG), e diferentes acontecimentos ao redor do mundo, muitos usuários questionaram o motivo que levou a rede social a dar mais destaque a apenas uma causa e qual o pretexto para escolher uma determinada campanha. Em nota, o Facebook evitou as críticas e disse que é apenas uma maneira de mostrar apoio ao povo francês.

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De acordo com a assessoria do Facebook no Brasil, a rede social apenas escolhe os filtros a partir da demanda dos usuários, assim como aconteceu com a legalização do casamento gay nos EUA.

“Nós estamos oferecendo à nossa comunidade a possibilidade de trocar suas fotos de perfil como uma forma de demonstrar apoio à França e a todos que estão em Paris”, diz o comunicado do Facebook.

Mark Zuckerberg muda sua foto de perfil (Foto: Reprodução / Laura Martins)

Brasileiros criam seu filtro

A principal reclamação no Brasil é sobre a rede não ter dado importância à tragédia natural de Mariana, no estado de Minas Gerais. O desastre deixou centenas de desabrigados e pode causar mais estragos.

Para cobrir a falta de uma ferramenta oficial do Facebook em apoio a causa, os usuários usaram a criatividade e o talento para demonstrar solidariedade. Entre os filtros criados, um coloca a bandeira do estado de Minas Gerais como foto de perfil. Há pessoas, inclusive, com o mesmo estilo de filtro em cima da sua própria foto, com metade dela em marrom, pela lama que invadiu Mariana e outras áreas.

Brasileiros trocam suas fotos de perfil para apoiar Marian (Foto: Reprodução / Laura Martins)

Safety Check

A aplicação “Safety Check” – ferramenta em que os usuários podem avisar aos seus amigos e familiares que estão seguros em uma situação de risco - também entrou na polêmica. Antes, o serviço era ativado apenas em desastres naturais, mas foi ativado durante os atentados na França.

De acordo com um post do CEO Mark Zuckerberg, o recurso agora será mudado e não cobrirá mais apenas desastres naturais. “Muitas pessoas têm questionado, com razão, por que ligamos o Safety Check por Paris, mas não pelos bombardeios em Beirute e outros lugares. Nós acabamos de mudar isso e agora planejamos ativar o Safety Check para mais desastres humanos também”, afirma. 

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Safety Check e filtro de fotos em novas ocasiões

Um posicionamento oficial foi feito, também, por Alex Schultz, vice-presidente de crescimento do Facebook. Segundo o executivo, a ferramenta nunca tinha sido usada para guerras e conflitos porque não há necessariamente um momento onde uma pessoa pode realmente estar salva de uma situação como essa. Apesar disso, a equipe viu que muitos usuários estariam utilizando a rede social para se comunicar enquanto os ataques se desdobravam, então decidiram testar o Safety Check em Paris.

“Essa ativação vai mudar nossa política em torno do Safety Check para outros incidentes graves ou dramáticos no futuro. Nós queremos que essa ferramenta esteja disponível quando e onde ela puder ajudar", declarou Schultz.

"Vamos aprender muito com o feedback desse lançamento, e vamos continuar a explorar como nós podemos ajudar as pessoas e mostrar apoio às causas as quais elas se preocupam por meio de seus perfis no Facebook, como fizemos no caso de Paris”, completa.

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