Land’s End é o mais novo jogo da Ustwo, desenvolvedores do renomado game de quebra-cabeça Monument Valley, o qual vai em uma nova direção para a empresa: a realidade virtual. Land’s End utilizará o visor GearVR da Samsung para que jogadores entrem em um mundo virtual ao mesmo tempo relaxante e misterioso. Seu lançamento está previsto para 30 de outubro.

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Uma premissa ambiciosa

Os designers de Land’s End, Peter Pashley e Ken Wong, criaram o jogo por acidente enquanto testavam novas técnicas para interação em um espaço virtual. Isso porque eles acreditam que combater a sensação de desconforto e enjoo nos visores de realidade virtual não deve ser apenas uma tarefa do fabricante do visor, mas também dos designers.

Belo cenário de Land's End criar uma experiência inovadora e relaxante (Foto: Reprodução/Wired)

Ken Wong mencionou que enquanto os visores não puderem enviar informação também para o ouvido interno do usuário, a discrepância entre as informações dos olhos e dos ouvidos continuará a produzir o efeito de “cinetose”. Essa sensação de enjoo é causada pelas informações conflitantes, as quais fazem seu corpo ter a impressão de ser envenenado, o que causa o reflexo de expelir o veneno.

O desafio então era criar uma experiência que fizesse com que a realidade virtual fosse prazerosa para qualquer tipo de usuário, e a resposta para isso foi Land’s End.

Jogabilidade com o olhar

A jogabilidade em Land’s End é algo completamente diferente do que você está acostumado a ver tanto em videogames e PCs quanto na realidade virtual. O usuário não utiliza suas mãos em qualquer momento, apenas a sua visão e seu olhar fixo. Basta focar seu olhar em certos objetos para andar até eles ou interagir.

Jogabilidade de Land's End confia apenas no olhar do jogador para interagir (Foto: Reprodução/Polygon)

Para movimentar-se basta fixar o olhar em esferas de luz e seu personagem calmamente andará até elas, sem movimentos bruscos para não causar desconforto. Os designers acreditam que ao não exigir que o jogador se movimente com um controle, há maior imersão, pois não é preciso lembrar o tempo todo que se está conectado a um aparelho.

É como um clássico jogo de aventura de “apontar e clicar”, porém jogado com seus olhos. Uma mistura de Proteus, Myst e Monument Valley. Seu objetivo inicialmente é observar ao seu redor para encontrar esses pontos luminosos que permitem se locomover pelo mapa. É recomendado utilizar uma cadeira giratória, pois apesar de não sair do lugar, é preciso olhar em 360°.

Eventualmente são apresentados quebra-cabeças, artefatos abandonados de uma antiga civilização com os quais você poderá interagir. Mais uma vez o controle é todo feito com seu olhar e exige que o usuário conecte alguns pontos ao utilizar uma linha que segue o movimento da sua cabeça.

Artefatos de uma civilização esquecida oferecem quebra-cabeças para seus olhos (Foto: Reprodução/Tech Crunch)
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Arquipélago do crepúsculo eterno

A “aventura” de Land’s End conta com 5 fases no total e apesar de o objetivo ser resolver os quebra-cabeças para avançar até a próxima fase, boa parte do game simplesmente não é para ser encarada como um jogo. Cada fase pode ser explorada e apreciada como um mundo virtual, misterioso, enigmático, mas também relaxante.

As fases se passam em diferentes ilhas de um misterioso arquipélago de areias alaranjadas e mar com tonalidades de rosa, como se fosse um pôr do sol sem fim. As áreas são inspiradas por locais reais da Islândia, Arábia Saudita e o arquipélago de Hébridas na Escócia.

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Via Wired, Polygon



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