Um novo vírus para Android altera a senha de desbloqueio da tela do celular e só devolve o controle do smartphone caso o usuário pague um resgate. Segundo os técnicos da ESET, empresa responsável pelo antivírus ESET NOD32 Antivirus, essa é a primeira vez que um recurso de bloqueio de tela é utilizado para sequestrar um smartphone.

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O aplicativo Porn Droid promete funcionar como um visualizador de conteúdo adulto hospedado na internet. Encontrado gratuitamente em lojas genéricas do Android, fóruns e sites que distribuem programas piratas, o app esconde um vírus do tipo ransomware. Ele toma controle do celular e só pode ser desabilitado pelos hackers que o desenvolveram ou via reset de fábrica.

Novo vírus utiliza tela de bloqueio do Android (Foto: Lucas Mendes/TechTudo)

Ao instalar o aplicativo, os usuários recebem um aviso de que há uma atualização disponível. Ao clicar em “próximo” para iniciar o suposto processo de atualização, o vírus acaba ganhando privilégios de administrador dentro do Android. Com isso, ele se torna habilitado a modificar a senha de bloqueio de tela.

Aqueles que caíram no golpe visualizaram uma tela com um alerta, supostamente vindo do FBI, dizendo que o usuário viu “pornografia proibida”. Por esse motivo, ele deveria pagar uma multa de US$ 500, equivalente a quase R$ 2.000. Com a senha de bloqueio modificada, torna-se impossível acessar o smartphone, e o desbloqueio por pagamento pode acabar seduzindo muita gente.

Ao clicar no botão "Continue", usuário dá acesso de administrador ao vírus que sequestra o smart (Foto: Divulgação/Eset)

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Entretanto, há uma outra opção para recuperar o celular e fugir do pagamento do resgate: o reset de fábrica. O grande problema é que, para restabelecer o controle do dispositivo, o usuário perde todas as informações armazenadas no aparelho.

Segundo os técnicos que descobriram o esquema, o que mais chama atenção é a engenhosidade do vírus, que faz uso de uma função bastante popular entre usuários Android. Eles também alertam para nunca realizar pagamentos, já que há a possibilidade de os criminosos não restabelecerem o funcionamento do celular.

Via ARS Technica



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