A Uber entrou oficialmente para o mercado de patinetes elétricas compartilhadas no Brasil. Nesta terça-feira (3), a empresa iniciou as operações do seu serviço na cidade de Santos, litoral paulista. O aluguel pode ser feito por meio do mesmo aplicativo que oferece carros particulares e refeições do Uber Eats, em celulares Android e iPhone (iOS). As viagens na scooter motorizada chegam com preços competitivos, a partir de R$ 1,50.

Para esclarecer as principais dúvidas dos usuários sobre essa novidade, o TechTudo preparou uma lista com quatro perguntas e respostas sobre o aluguel de patinetes elétricas da Uber. A seguir, confira como funciona o serviço, entenda as tarifas cobradas e descubra quais são as próximas cidades que devem receber as scooters motorizadas.

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1. O que é?

Segundo a Uber, a estreia das patinetes elétricas no Brasil é mais uma etapa no "compromisso em reunir, em um único aplicativo, vários meios de transporte diferentes, oferecendo cada vez mais opções para a população". Vale lembrar que, em setembro, a empresa inaugurou o Uber Transit em São Paulo e passou a mostrar informações sobre transporte público em tempo real.

"Com esse novo serviço, queremos continuar ajudando as pessoas a se deslocar sem ter que depender de um carro particular, contribuindo para redução dos congestionamentos e da poluição urbana", afirmou em nota Ruddy Wang, diretor de Novas Modalidades da Uber no Brasil.

As patinetes chegam às ruas da cidade de Santos com a marca da própria Uber. Diferentemente do que anunciou, a companhia não trouxe ao Brasil a marca Jump, startup de bicicletas e patinetes elétricas comprada pelo app de transportes que já está em atividade em várias cidades dos Estados Unidos. Ainda assim, a empresa preservou a identidade visual dos veículos norte-americanos: a logomarca da Uber está aplicada sobre um fundo vermelho, que também é a cor da Jump.

2. Como funciona?

Os usuários da Uber podem alugar patinetes elétricas diretamente no aplicativo de transportes, sem necessidade de baixar nenhum outro programa no celular para isso. Com o app da Uber aberto e rodando a última versão, toque no ícone da patinete, no canto inferior do mapa. Em seguida, ao encontrar um veículo disponível na rua, basta escanear ou digitar o código para desbloqueá-lo.

Também é possível reservar uma patinete. Nesse caso, o usuário tem até 15 minutos para caminhar até ela e fazer o desbloqueio. Como a Uber aderiu ao sistema dockless, no qual não é preciso levar o veículo até uma estação ao término da viagem, basta estacionar a patinete em um local dentro da área de atuação do serviço, sem bloquear a passagem de carros ou pedestres.

3. Quanto custa?

A Uber cobra R$ 1,50 para desbloquear a patinete e soma R$ 0,75 a cada minuto de uso. Em uma viagem de cinco minutos, por exemplo, o usuário deve pagar R$ 5,25.

4. Onde está disponível?

O serviço está disponível apenas na cidade de Santos, litoral paulista. No momento não há previsão de expansão para outros municípios, mas a empresa trabalha na possibilidade de oferecê-lo na cidade de São Paulo. Questionada pelo TechTudo, a Uber disse que já submeteu toda documentação necessária para oferecer o serviço também na capital paulista, conforme nota abaixo.

"A equipe da Uber analisou diversos mercados neste ano para entender como um sistema de compartilhamento de patinetes elétricos, integrado no mesmo aplicativo, poderia contribuir para a mobilidade local. Após considerar

... fatores como população e infraestrutura cicloviária, decidimos iniciar a operação por São Paulo e Santos. A cidade de Santos adotou uma postura aberta à inovação e novas formas de mobilidade alternativas ao automóvel, recebendo hoje os primeiros patinetes da Uber no Brasil.

Em São Paulo, a Uber já realizou investimentos significativos para iniciar a operação, tendo reunido toda a documentação exigida pela regulação municipal e apresentado pedido de credenciamento à Prefeitura em setembro. Desde então, estamos prontos para iniciar a operação na capital, apenas aguardando uma resposta ao pedido de credenciamento, que ainda não foi apreciado."

A Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura de São Paulo respondeu ao TechTudo com a nota a seguir.

"A Prefeitura de São Paulo, por meio do Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV), esclarece que a operadora Jump do Brasil Tecnologia Ltda. deu entrada no pedido de credenciamento para operar patinetes compartilhados no período em que o Decreto 58.907/19, que trata das regras definitivas do sistema de compartilhamento, estava em processo de regulamentação. No referido período, somente operadoras que já haviam se credenciado durante a etapa anterior (regulamentação provisória) estavam autorizadas a operar. A referida operadora recorreu à Justiça para obter seu credenciamento, mas teve seu pedido negado. A regulamentação do compartilhamento de patinetes foi concluída no fim de outubro de 2019, e a Prefeitura analisa a documentação da operadora."

Enquanto isso, quem está fora de Santos pode recorrer a outras marcas que alugam patinetes compartilhadas, como Grin e Yellow. Dona das scooters verdes, a Grin cobra R$ 3 reais pelo desbloqueio do veículo e R$ 0,50 a cada minuto, preço que pode atrair aqueles que fazem viagens mais longas. A empresa opera nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Santos.

A Yellow, por sua vez, cobre uma variedade maior de cidades: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São José dos Campos, São Paulo e Vitória. O preço do aluguel varia conforme o local. Cariocas pagam R$ 2,25 para desbloquear a patinete amarela mais R$ 0,75 por minuto. Em Vitória, o desbloqueio é R$ 2,50; em Brasília, R$ 3,50, sendo cobrado R$ 0,50 extras por minuto nas duas cidades. Nos demais lugares, a Yellow cobra R$ 3 no desbloqueio mais R$ 0,50 por minuto de utilização.

Via Uber

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