No mundo da tecnologia elas ainda são minoria. “Ainda”, porque as empresas mais inovadoras e poderosas do planeta estão mexendo os pauzinhos e têm ações interessantes para que as mulheres sejam cada vez mais representativas dentro do ambiente de trabalho. Mais do que justo – “e” inteligente.

Olha o que apontam os últimos relatórios de diversidade de algumas das principais empresas de tecnologia do mundo. No Google, as mulheres representam 31% dos funcionários. Elas representam apenas 20% do time de TI e ocupam 25% dos cargos de liderança. No Facebook, o cenário é parecido: elas são 35% do pessoal e só 19% trabalham diretamente com tecnologia e programação. Já o Twitter diz que o sexo feminino ocupa 30% dos cargos de liderança da empresa e, aqui no Brasil, na Microsoft 43% do time de liderança são mulheres.

Ainda é pouco, é verdade, mas é um começo. As grandes empresas de tecnologia – claro, várias outras menores e inclusive de outros segmentos também – já têm profissionais responsáveis por discutir, traçar metas e ações de diversidade e inclusão. Mas o movimento ainda é tímido se pensarmos globalmente. O preconceito enraizado na sociedade combinado com certo grau de insegurança por parte de algumas mulheres faz com que essa mudança seja relativamente lenta. Quem está a frente dessa missão tem desafios grandes...

Antes mesmo de fazer e tomar qualquer atitude, o papel desses líderes é deixar claro para toda a empresa a diferença entre Diversidade e Inclusão. Talvez a melhor analogia seja a feita pouco tempo atrás por uma jovem funcionária da Microsoft: “Diversidade é convidar para o baile. Inclusão é chamar para dançar”.

A questão não só social. As ações para tornar o ambiente de trabalho mais limpo de preconceitos e, consequente, mais “diverso” e proporcionar maior inclusão de gênero, raça e orientação sexual estão também diretamente ligadas a resultados. Isso mesmo, faz bem para os negócios; principalmente para essas empresas de tecnologia, cada vez mais preocupadas em inovar.

O “Women in Action” é uma ação da Dell que visa proporcionar o desenvolvimento profissional e condições de igualdade para todas as mulheres que trabalham na empresa. A iniciativa, segundo a própria empresa, parte da premissa de que empoderar mulheres e promover a igualdade de gênero é garantia para o efetivo fortalecimento das economias e impulsionamento dos negócios. Na Microsoft, por exemplo, todo processo seletivo precisa ter sempre uma mulher entre os três finalistas.

Tanto na IBM e na Microsoft, as duas empresas que visitamos na produção desta reportagem, as CEO são mulheres. Curioso é que, em 1943, a vice-presidente da IBM já era uma mulher. A Microsoft realiza anualmente a campanha “Eu Posso Programar para Meninas” e incentiva garotas a aprenderem a programação. Desde 2016, a empresa também decretou a equidade salarial para homens e mulheres no mesmo cargo.

Outra ação interessante é a licença paternidade de 140 dias oferecida pelo Twitter em todo o mundo. Os pais têm o mesmo período de afastamento que as mães que trabalham na empresa após o nascimento de seus filhos. Tudo pela equidade de gênero e, claro, qualidade de vida.

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Se você perdeu, na semana passada, no primeiro capítulo da série “Mulheres na Tecnologia”, a gente mostrou cursos de programação exclusivo para meninas. Aproveite para ver como elas estão quebrando o preconceito e mostrando que, sim, mulheres também são muito boas em matemática. E, na semana que vem, uma discussão pra lá de interessante: salários! A previsão é que as mulheres só alcancem equidade salarial em 2095. Mas você vai ver o que as próprias mulheres e as empresas estão fazendo para acelerar (e muito) esse processo.



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