A AMD aproveitou o espaço da CES 2017 para abrir o jogo sobre uma série de aspectos relacionados à sua aguardada arquitetura de placas gráficas de alto desempenho, batizada de Vega.

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Pela primeira vez, detalhes acerca dos aprimoramentos, características e vantagens gerais da nova linha de GPUs chegaram ao público. Abaixo, você vai conhecer esses pontos e saber se já é possível ter uma ideia de como as novas Radeon se comparam com as Geforce atualmente no mercado.

Performance

As novas GPUs Vega usarão HBM2 como memória (Foto: Divulgação/AMD)

Antes de falar sobre aspectos técnicos, é importante falar sobre a demonstração de uma placa de vídeo Vega em ação, rodando o novo Doom com configurações máximas e em resolução 4K atingindo uma taxa de quadros por segundo entre 60 e 70 FPS. Para comparação, nas mesmas condições, a Geforce GTX 1080 da NVIDIA opera a 60 FPS, em média, nas mesmas condições.

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Aposta em memória de alta velocidade

Memórias HBM2 são um dos destaques das novas placas Vega (Foto: Divulgação/AMD)

As novas GPUs da AMD passarão a usar as memórias RAM tipo HBM2, que são mais eficientes energeticamente e, em geral, oferecem maior nível de desempenho do que o possível nas memórias GDDR5, e mesmo nas HBM de primeira geração, empregadas nas Radeon Fury.

HBM2 é um tipo de design que permite maior densidade de RAM na placa e isso deve contribuir para que as novas Radeon com GPUs Vega, com quantidades realmente impressionantes de RAM: para você ter uma ideia, 8 GB seria considerado uma placa com pouca memória, enquanto que 32 GB poderia ser facilmente atingido num produto top de linha (essa possibilidade teórica, no entanto, deve ser limitada a hardware para servidores e workstation num primeiro momento).

Mas e para quem vai comprar uma placa, em que isso influência? Memória ampla e de alta velocidade é crucial para operações em que a placa precisa mover e processar uma grande quantidade de dados, como na realidade virtual e durante a reprodução de jogos em 4K.

Cache de alta velocidade

Uma das vantagens associadas com o uso de HBM2 é a possibilidade da criação de caches de alta velocidade para aliviar o regime de troca de informações entre GPU e RAM. Não se sabe quanto cache estará disponível, mas seu funcionamento visa permitir que informações usadas frequentemente pela GPU não precisem “viajar” da RAM a todo momento para serem lidas. O efeito geral é que a placa deve operar mais rápido.

Mudanças no miolo da GPU

AMD realizou uma série de modificações nos seus processadores gráficos para voltar a competir com a Nvidia em desempenho bruto (Foto: Divulgação/AMD)
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A linha Vega tem sido tão aguardada porque conta com um redesenho drástico do processador gráfico usados nas Radeon (até mesmo a Polaris, do ano passado, herdava uma série de conceitos que, agora, são revistos pela Vega).

O aspecto central a respeito das mudanças realizadas no design estão na capacidade da placa realizar operações em um dado espaço de tempo. A AMD explica que as novas Radeon, equipadas com GPUs Veja, poderão processar 512 operações de 8 bits por clock, 256 operações de 16 bits por clock ou até mesmo 128 operações de 32 bits por clock.

Parece um pouco confuso, mas isso significa que a placa tem mais desenvoltura para realizar cálculos definidos em jogos, por exemplo. As gradações de 8, 16 e 32 bits determinam a complexidade do cálculo em questão, e no caso de games, se refletem tanto no desempenho da placa como na fidelidade com que a imagem é exibida.

Quando você vai poder comprar?

O problema é que as placas Radeon com GPU Vega não chegam ao mercado agora. Não há uma data divulgada, mas é possível comparar a situação com 2016, quando as placas Polaris foram reveladas na CES em janeiro, mas só começariam a chegar para o consumidor em junho.

Em todo caso, o consumidor interessado em investir num PC faz bem em aguardar: a chegada das placas Vega, caso de fato atinjam o mesmo nível de performance da Nvidia, pode tornar o mercado mais movimentado e com preços melhores em breve.

Via Extreme Tech

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